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ÓLEO ESSENCIAL DE LIMÃO SICILIANO (Citrus limon) E LIMÃO TAHITI (Citrus latifolia): QUANTIFICAÇÃO DE LIMONENO E AVALIAÇÃO EM CÉLULAS TUMORAIS HUMANAS
Thais Cardoso Bitencourt, Alessandra Nejar Bruno, Jisette González Núñez, Adriel Henrique Kidrycki Lopes, Aline Nunes Silva, Julia Maria Aibar Correa, Cristina Rörig Goulart, Lúcio Olímpio de Carvalho Vieira, Rafael Dutra Soares, Nara Regina Atz

Última alteração: 05-01-2021

Resumo


A cultura de citrus no Brasil destaca-se com o cultivo de laranjas, limões e tangerinas. Limões são frutas cítricas do gênero Citrus pertencentes à família Rutaceae, ricos em acidez e valor nutritivo. Os óleos essenciais (OEs) de limão Siciliano [Citrus limon (L)] e Tahiti [Citrus latifolia (Yu. Tanaka) Tanaka], apresentam uma mistura complexa de substâncias, tendo como composto majoritário o D-limoneno. Os OEs de frutas cítricas ricas em limoneno já são utilizados na indústria para diferentes finalidades e apresentam propriedades antibacteriana, antifúngica e quimiopreventiva contra câncer de mama e colorretal. Este trabalho objetivou quantificar o D-limoneno em OEs extraídos de C. limon e C. latifolia, avaliar seus efeitos sobre células de câncer cervical (SiHa) e não tumorais de queratinócitos humanos imortalizados (HaCaT). As cascas das frutas foram coletadas e secas em estufa a 40°C e os OEs foram extraídos em aparelhos Clevenger. A composição, avaliada por cromatografia gasosa com detecção por ionização de chama, apontou a presença de 2,04% (m/v) e 0,69% (m/v) de D-limoneno nos OEs de C. limon e de C. latifolia, respectivamente. Células de SiHa e HaCat foram cultivadas em meio Dulbecco’s modified Eagle’s medium (DMEM) com 10% de soro fetal bovino (FBS) e mantidas em 5% de CO2, a 37°C. A viabilidade celular foi determinada pelo ensaio de MTT (0,5 mg/mL) em placas de 96 poços, com células tratadas, controle (com meio DMEM) e controle veículo (com DMEM e veículo dimetilsulfóxido - DMSO), por 24 h, seguida da leitura das placas em leitora de ELISA em 545 e 630 nm. As diferentes concentrações testadas dos OEs afetaram significativamente a viabilidade das células tumorais em relação aos respectivos controles, obtendo concentração inibitória média (IC50) de 0,0045 µg/mL para C. limon, com inibição da viabilidade de 71% a 90%, e IC50 de 0,0988 µg/mL para C. latifolia, com inibição da viabilidade entre 9% e 90%. Em células não tumorais HaCaT, o tratamento apresentou perfil de inibição semelhante ao observado na linhagem tumoral, com IC50 de 0,0016 µg/mL para o óleo de C. limon (inibição de 86% a 95%) e IC50 de 0,0370 µg/mL para C. latifolia (inibição entre 48% e 95%). Estes resultados ampliam o conhecimento acerca dos óleos das espécies de limões usadas para diferentes finalidades, incluindo a alimentação humana, trazendo informações quanto ao teor de D-limoneno e ao seu potencial antitumoral e citotóxico.


Palavras-chave


Siha. Hacat. Limoneno.

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