Considerando a determinação da LDBEN 9394/94 e as Leis N. 11.645/2008, Lei N. 10.639/2003 para incluir no currículo oficial da rede educacional brasileira a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” nos currículos escolares, este projeto se justifica pela premente necessidade de se trabalhar, no espaço escolar e não-escolar, os saberes a respeito do negro no Brasil, da diáspora Africana e dos povos originários do país. O projeto teve como objetivo promover a educação antirracista e a reflexão decolonial a respeito do negro no Brasil, da diáspora Africana e dos povos originários do pais. Em relação à metodologia, o projeto foi desenvolvido com uma abordagem qualitativa com fins exploratórios. Em virtude da pandemia, a metodologia foi readequada. Buscou-se responder o seguinte problema: Quais os impactos de ações de educação antirracista em lives realizadas no Novembro Negro promovidas em parceria pelos campi Viamão, Alvorada, Restinga e Porto Alegre? Para responder a questão de pesquisa, foi realizado um estudo de caso por meio da análise das manifestações no chat de seis lives que foram desenvolvidas pelo Campus Viamão. Ao analisar as falas, verificou-se que eram críticas e propositivas e as temáticas referentes ao racismo estrutural, a arte e cultura negra periférica, o associativismo negro e questões psíquicas do sujeito negro foram problematizadas por meio de frases e perguntas. Como considerações finais, verificou-se que as lives promovidas no Novembro Negro se mostraram um excelente instrumento de reflexão e promoção da educação antirracista por meio digital em tempos de pandemia, estimulando o conhecimento afro-brasileiro e o desenvolvimento do pensamento crítico por meio da educação antirracista e decolonial.