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PROGRAMA “MÚSICA NO IFRS, CAMPUS OSÓRIO” E SUA ADAPTAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA
Fernanda Silva da Rosa, Agnes Schmeling

Última alteração: 04-02-2021

Resumo


Em desenvolvimento desde 2013, com apoio da Lei 11.769/08 e hoje com apoio da Lei 13.278/16 que prevê a presença das Artes na Educação Básica, o Programa ‘Música no IFRS, campus Osório’ objetiva ofertar a educação musical, a criatividade, assessorar, refletir sobre a música no contexto social, promover apresentações e a interação entre instituição e comunidade e contribuir para pesquisas na área. Este ano (2020), o Programa se viu diante de um desafio: adaptar as atividades para a maneira remota, visto a necessidade do distanciamento social. Percebendo o aumento de uso das redes sociais, resolvemos utilizá-las para divulgar as atividades ofertadas pelo Programa estabelecendo padrões de cores para cada projeto e para suas postagens, desenvolvendo vídeos de apresentações incluindo legenda e descrição de imagem nas postagens e produzindo o  “Sugestou” que consiste em postagens todas as sextas-feiras com dicas culturais. Em dois meses alcançamos mais de 250 seguidores somando o Twitter e Instagram, semanalmente obtemos mais de 30 interações nas duas redes. Desta forma, as  mídias sociais cumprem  o planejado e demonstram impacto significativo para a divulgação e organização do Programa, facilitando a comunicação com os seguidores e participantes. Refletindo sobre o desenvolvimento remoto de cada projeto, via reuniões online pelo Google Meet e/ou Discord, encontramos êxitos e dificuldades. O projeto ‘Oficinas de Instrumentos Musicais’ obteve mais de 57 inscritos, ultrapassando quase o triplo dos/as inscritos/as presenciais; o ‘Música na Escola’, desenvolvido até 2019 numa comunidade com dificuldades ao acesso à internet, não consegue atingir os alunos contemplados anteriormente, assim as bolsistas abrem as inscrições a jovens de todas as redes de ensino, ofertam um momento síncrono e elaboram materiais que os participantes podem acompanhar em outros momentos; o ‘Coral Jovem’ enfrenta dificuldades pois necessita que os cantores gravem individualmente suas vozes e linhas melódicas, o que é dificultado pela timidez e pela dificuldade da musicalização vocal a distância; o ‘Espaço Cultura’ organiza um acervo de produções culturais e as oferta para apresentações, bem como cria podcasts; e o ‘Teatro’ cria ações de releituras de clipes, curtas e esquetes, e tem despertado a participação de um bom público. Desta forma, constatamos que as ações tiveram de ser repensadas e reinventadas e que o nível de aproveitamento de alguns projetos diminuiu e para outros aumentou, mas que o Programa e seus projetos devem continuar para ofertar e repensar a educação musical nos tempos atuais.


Palavras-chave


Artes. Mídias Sociais. Educação Musical.

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