O presente trabalho tem como objetivo estudar e compreender as Políticas Públicas de Ações Afirmativas (PAAfs) presentes no IFRS Campus Osório. Dessa forma, o projeto de ensino almeja debater os direitos de gênero, as lutas por igualdade étnico-racial e a busca por inclusão referente às pessoas com necessidades específicas. Ainda hoje, as desigualdades históricas e os preconceitos são produzidos e reproduzidos na sociedade. Essa herança histórica impede oportunidades, viola direitos, aniquila pessoas, silencia a diversidade.  A criação das PAAfs, no contexto brasileiro, visa combater discriminações étnicas, raciais, de gênero, contra pessoas com necessidades específicas. Tem sido perceptível discursos que revelam o desconhecimento das ações afirmativas. Trata-se de um conhecimento que exige saberes sobre leis, compreensão crítica da história brasileira e até, mesmo, compreender como essas políticas públicas funcionam dentro do IFRS. Assim, o projeto justifica-se a partir da percepção da existência de um desconhecimento por parte do corpo discente acerca das PAAFs. Por isso, há o objetivo de dialogar, debater e compreender as PAAFs. Afinal, no IFRS, as ações afirmativas estão presentes de forma intensa e conhecê-las possibilita reflexões sobre justiça social, diversidade, direitos humanos e equidade. Metodologicamente, o projeto de ensino se organiza em três etapas. Em primeiro lugar, há estudos de vídeos, encontros online, leituras, discussões, debates a partir de textos escolhidos como referencial teórico sobre ações afirmativas, diversidade e direitos humanos. O referencial teórico é construído a partir de várias publicações, principalmente, livros do próprio IFRS como “Afirmar: a inclusão e as diversidades no IFRS” e “Ações Afirmativas: a trajetória do IFRS como instituição inclusiva” organizados por Andréa Sonza e demais autores. Em segundo lugar, a partir das reflexões realizadas, busca-se construir materiais audiovisuais educativos que serão divulgados nas redes sociais dos núcleos do Campus Osório. Em terceiro lugar, planejam-se encontros virtuais com a comunidade do Campus para trocar conhecimento e estabelecer um diálogo a partir das descobertas do projeto. Esses encontros além da comunidade do Campus, serão espaços de diálogo com o Núcleo de Pesquisa em Gênero e Sexualidade (NEPGS), com o  Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI) e com o Núcleo de Atendimento às Pessoas Com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNE).  Os resultados parciais, até agora, podem ser percebidos a partir dos estudos realizados por parte dos bolsistas, fundamentalmente com a compreensão histórica das PAAfs e como estes se concretizam na vida escolar do Campus Osório.