Última alteração: 12-01-2021
Resumo
As constantes oscilações na economia mundial, que impactam de forma direta ou indireta na competitividade das pequenas e médias empresas, somadas às exigências de inovação tecnológica, geram pressão sobre os pequenos empresários e dificultam suas atuações isoladas em seus mercados. A cooperação em rede se mostra como uma solução para enfrentar de forma coletiva esses desafios e desenvolver vantagens competitivas. Os relacionamentos em redes de cooperação têm grande importância no contexto atual, pois aproximando organizações em prol de objetivos comuns, é possível obter novos conhecimentos, compartilhar recursos, reduzir custos e alcançar novas oportunidades de negócios. Assim, este trabalho tem por objetivo estudar os relacionamentos em estratégias coletivas empresariais, procurando conhecer melhor como ocorrem, quais os métodos adotados, seus pontos fortes e fragilidades, especificamente, da Região de Erechim, onde atualmente não encontram-se levantamentos sobre relacionamentos em estratégia coletiva, as quais podem instigar a novas reflexões, contribuir na aplicação de estratégias coletivas, ampliar a visão das organizações e o planejamento. Através de pesquisa bibliográfica em artigos Qualis A e B da Capes, teses e livros, buscou-se identificar os principais elementos e características dos relacionamentos interorganizacionais, conhecer as metodologias aplicadas em pesquisas e apresentadas na literatura nacional e internacional. A partir deste levantamento, elaborou-se um framework, composto por cinco níveis de análise de relacionamentos em redes de cooperação, o qual subsidiou a elaboração um questionário semiestruturado, que foi avaliado por professores da Facultad de Ciéncias Económicas da UNAM, da Argentina. Participaram da pesquisa nove empresas que atuam em três redes do segmento farmacêutico e sete empresas que atuam em duas redes do segmento supermercadista. A seleção das empresas pesquisadas foi por amostragem não-probabilística, por conveniência. Até novembro de dois mil e vinte, 28,57% dos questionários foi respondido por empresas do setor supermercadista e 11,11% do setor farmacêutico. Desta forma, o tratamento dos dados ainda não foi possível, pois, para a realização de análise representativa almeja-se um índice maior de questionários respondidos. Buscar-se-á, após retorno dos questionários, analisar comparativamente os dados obtidos, verificando se os relacionamentos em estratégias coletivas das empresas pesquisadas vão ao encontro ou não das pesquisas revisadas neste estudo. Ainda, visando-se dar continuidade a projetos desta temática, sugere-se a replicação deste questionário em outros segmentos que atuam em rede de cooperação, buscando assim a validação do framework proposto.