Última alteração: 25-01-2021
Resumo
Verificou-se, no Campus Feliz, a demanda de apoiar alunos com necessidades educacionais específicas (NEEs), tanto no âmbito pedagógico, quanto no que se refere à acessibilidade e inclusão. Outra demanda observada foi a capacitação de professores pré-serviço, ou seja, licenciandos dos cursos de Licenciatura em Química e Letras – Português e Inglês, no sentido de produzir um olhar mais atento e inclusivo do/no fazer docente. Desse modo, o NAPNE propôs o projeto de ensino "Acessibilidade, inclusão e capacitação no Campus Feliz". Esse projeto visa viabilizar a acessibilidade e a inclusão de alunos com NEEs; apoiar pedagogicamente esses alunos através de monitorias realizadas por bolsistas de ensino; propiciar a capacitação docente de licenciandos. Nesse sentido, foram consideradas as legislações nacionais que preveem a inclusão como parte das atividades escolares e estratégias pedagógicas. Como referências, baseou-se na LDB (1996), na Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com deficiência (2015), BNCC (2018) e INs/IFRS n.05 e 07/2020. Inicialmente, foi realizado um levantamento acerca dos alunos com NEEs, suas especificidades individuais e demandas pedagógicas. Após seleção das bolsistas, as monitoras foram incumbidas de atender alunos, conforme acordado com os estudantes e seus familiares. Durante a pandemia e as APNPs, o apoio pedagógico e a acessibilidade tiveram de tratar, além das dificuldades nas disciplinas, também o letramento digital desses alunos. As bolsistas, que são licenciandas, passaram por um processo constante de capacitação através de leituras e estudos dirigidos e busca por estratégias didático-pedagógicas inclusivas e individualizadas. A partir dos desafios e conquistas identificados nos atendimentos, foram propostas estratégias pedagógicas para promover a inclusão e acessibilidade no campus. Como resultados preliminares, verificou-se uma formação diferenciada e agregadora para as bolsistas, com grande contribuição na construção da sua docência, sendo extremamente enriquecedor e gratificante contribuir para inclusão. Houve avanços significativos no desenvolvimento acadêmico dos alunos atendidos e percebeu-se também que se viabilizou a acessibilidade. Em consequência disso, observou-se, por parte dos alunos, o aumento da motivação em participar das aulas e realizar as tarefas propostas pelos professores. Contudo, inclusão não é apenas o ato de incluir, é fazer o possível para que o aluno se sinta confortável e consiga superar as barreiras para seu crescimento pessoal. Conclui-se ser relevante e significativa a interação docente-discente que o projeto propiciou para a promoção da acessibilidade e da inclusão, contudo, salienta-se também a importância do comprometimento do aluno e de sua família, uma vez que a educação inclusiva perpassa todos esses sujeitos.