O ensino de ciências da natureza tem sido um desafio para educadores e estudantes, uma vez que boa parte das metodologias não conseguem atingir certos objetivos educacionais e, com isso, promovem o distanciamento da sala de aula. Diante disso, a inserção de atividades lúdicas constitui uma excelente estratégia para preencher essa lacuna e contribui satisfatoriamente para o aprendizado. A atividade divertida sempre marca a ocasião, onde conceitos e atividades quando trabalhados conjuntamente acabam por ser indissociáveis. O ser humano é lúdico por natureza, seja ele criança ou adulto. Trabalhando o lúdico, cria-se um ambiente de afeto e confiança, abrindo espaço para uma maior aproximação entre aluno e professor. Exemplos de “truques” se valem diretamente de princípios científicos para promover a aprendizagem. A mágica como um recurso didático desperta o interesse dos estudantes e, ao mesmo tempo, exige para sua criação e execução o desenvolvimento de competências conceituais, procedimentais e atitudinais. Diante disso, esse trabalho propõe o uso da mágica como um recurso lúdico pedagógico. Foram construídos alguns experimentos,  a serem apresentados no início das aulas como “mágicas”, onde serão implementados nas disciplinas de ciências da natureza dos cursos técnicos do IFRS-Campus Restinga. As práticas descritas têm o perfil de serem facilmente executadas em uma sala de aula comum, utilizando materiais alternativos, permitindo relacionar o aspecto místico com o científico. Os materiais e recursos também utilizados nos “truques” são pensados para que os alunos possam reproduzi-los em sala e em casa, com materiais de fácil aquisição. Por exemplo, construímos alguns experimentos de que evidenciam a troca de cor (pela mudança do pH do meio), mudança de estado físico, formação de gás carbônico ou qualquer  transformação que possam aguçar o interesse pela ciência e a busca dos “porquês” de tais transformações. Resultados parciais demonstraram que a aplicação dessa metodologia em sala de aula contribui significativamente para a motivação da aprendizagem. Os alunos, enquanto se divertem, aprendem sobre fenômenos da natureza e passam a se interessar sobre ciência, sendo desafiados a explicar as mágicas que se utilizam de princípios científicos, desenvolvendo, assim, competências, tais como poder de observação, argumentação e síntese, entre outras.