Portal de Eventos do IFRS, 5º SALÃO DE PESQUISA, EXTENSÃO E ENSINO DO IFRS

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Constituição da Subjetividade
Morgana Trintin, Adair Adams

Última alteração: 26-01-2021

Resumo


CONSTITUIÇÃO DA SUBJETIVIDADE


Morgana de Almeida Trintin

[email protected]

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul

(IFRS) – Campus Vacaria. Vacaria, RS


Adair Adams

[email protected]

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul

(IFRS) – Campus Vacaria. Vacaria, RS


O projeto de Ensino “Constituição da subjetividade”, desenvolvido no Campus Vacaria do IFRS, objetiva compreender e debater em grupos, com estudantes, o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) como um dos produtos da cultura atual. O objetivo é apresentar as origens e a conexão entre o déficit de atenção e a hiperatividade, como elementos constituintes da subjetividade das novas gerações, sobretudo nos ambientes escolares. O livro “Hiperativos! Abaixo a cultura do déficit de atenção”, de Christoph Türke, tradução publicada no Brasil em 2016, é a referência básica de estudos e dos materiais que são trabalhados no projeto. As ações previstas são: estudos/orientações semanais para preparar materiais e temas de debate; encontros quinzenais com os estudantes da comunidade interna do campus. Com a instituição do distanciamento social em função da pandemia de COVID-19, os encontros são realizados de forma virtual, através da Plataforma de Comunicação por Vídeo Google Meet. Os resultados do estudo mostram que os indícios para a situação atual é encontrado na história da identificação de seres como humanos. Os rituais estão na base da humanidade, e seu principal elemento é a repetição. Repetimos o que somos às novas gerações. A história é formada por repetições, que a longo prazo se evidenciam, apresentando características que se diferem e reafirmando que a repetição não se trata apenas do mesmo outra vez. O ritual do sacrifício é o ponto principal na constituição humana, e como essa sucessão de eventos é responsável pela instituição de símbolos e metáforas constituintes do significado e da visão sobre o certo e o errado, o sagrado e o profano. As práticas ritualistas não são estáticas e estão em constante mudança. Como tudo que conhecemos, elas indiciam que antes que algo se torne profano, já foi sacro, e que aquele que deseja iniciar um processo de dessacralização, gerando uma mudança de simbolismo, e consequentemente nos sacrifícios e comportamentos, necessita de muita coragem, tendo em vista muitas vezes não desfrutar dos resultados de seu posicionamento. O estudo aponta que os atuais rituais têm influência direta no TDAH e na hiperatividade. Evidencia a imposição nos ambientes escolares e cotidianos, de determinadas percepções, que se originam historicamente não de um sacrifício físico, mas mental e instituído como autosacrifício. Por fim, mostrar que na própria constituição do sujeito, tanto estudantes quanto docentes, no âmbito escolar, há algo que pode ser um processo de negação da subjetividade.

Palavras-chave


TDAH. Subjetividade. Rituais

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