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Atividades no Jardim Sensorial do Centro de Equoterapia do Cavalo Crioulo, Sertão (RS)
João Pedro Paiz, Juliana Marcia Rogalski, Rodrigo Oliveira Lamb, Jéssica Parizotto

Última alteração: 18-12-2019

Resumo


No Brasil, existem 45,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, o que corresponde a 24% da população (UNESCO, 2017). Além disso, 25,4% da população vivem na linha da pobreza (IBGE, 2017). Assim, torna-se imprescindível ofertar locais destinados a esse público. O objetivo deste estudo foi ampliar o jardim sensorial e criar atividades sensoriais e lúdicas para a inclusão de pessoas com deficiência e/ou vulnerabilidade social. O projeto foi desenvolvido no Centro de Equoterapia do Cavalo Crioulo, do Instituto Federal do Rio Grande do Sul – Campus Sertão, RS. Inicialmente foi efetuada a ampliação do jardim sensorial. O jardim foi confeccionado com materiais reciclados (pneus, paletes, bobinas), que foram utilizados para a confecção de floreiras, nichos, decks, bancos, cercas e mesas. O jardim foi construído a uma altura pré-determinada para facilitar o acesso de pessoas com necessidades especiais e foi dividido em setores (paladar, visão, tato, olfato e audição), visando desenvolver os sentidos do corpo humano. Também foram utilizadas plantas de diferentes texturas, sabores, cores e aromas. Diferentes sons foram obtidos com fonte d’água e sino do vento. Os visitantes passaram por todos os setores do jardim, estimulando os sentidos não afetados pela deficiência. Ainda, foram trabalhadas diferentes técnicas, como: decalque de folhas, projeção de luz e sombra, trilha sensitiva com materiais de diferentes texturas e espessuras (areia, argila, grama, pedras e cascas de árvores), confecção de objetos (casas de passarinho, vasos com garrafas PET e placas), identificação de cores primárias e jogos sensitivos (tato e olfato). Também foram resgatadas brincadeiras antigas, como: Jogo de argolas, confeccionado com mangueiras e madeira reciclada; Jogo do tabuleiro sobre as plantas do jardim; Boliche, confeccionado com garrafas PET; e Jogo da memoria sobre plantas medicinais nativas. Estas atividades buscam a aproximação dos participantes com a natureza, bem como desenvolver as capacidades: físicas, motoras, sociais, afetivas, cognitivas e linguísticas dos visitantes. Dessa forma, o jardim sensorial torna-se, além de uma área de lazer, uma ferramenta de inclusão social para pessoas com deficiência e/ou vulnerabilidade social.


Palavras-chave


Inclusão; Jogos lúdicos e sensoriais; e Materiais recicláveis.

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