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Processos fotográficos alternativos
Nicoly Cauduro da silva, Daniel Bassan Petry, cristyelen ambrozio ferreira

Última alteração: 09-12-2019

Resumo


O projeto objetiva experimentar os processos fotográficos do século XIX no ambiente educacional, a fim de compreender não somente a operacionalização deles como também, perceber o contraste da artesania dos processos da fotografia daquele período com da contemporaneidade do digital. Inicialmente a pesquisa seria com quatro processos; marrom Van dyke, papel salgado e goma bicromada, mas a partir do corte de verbas não foi possível realizar todos os experimentos e optamos pela Cianotipia. Cianotipia é um processo fotográfico de impressão em tons azuis, descoberto em 1842 pela botânica e fotógrafa inglesa Anna Atkins e pelo cientista e astrônomo inglês Sir John Herschel. Após pesquisarmos os procedimentos metodológicos encontramos como parceiros o LabClube, localizado no Rio de Janeiro, uma empresa privada ficava na disseminação de processos fotográficos alternativos. Iniciamos com a aquisição de um kit cianotipia, composto da proporção correta dos dois químicos (citrato feérico amoniacal de cristais verdes e ferricianeto de potássio) necessários para iniciar o processo. Primeiramente realizamos a mistura conforme instruções recebidas, por serem sensíveis a luz UV realizamos o procedimento em uma sala escura. Usamos um pincel para transferir a mistura resultante em uma mídia de suporte, que pode ser papel, tecido, vidro, madeira etc e deixamos secar. Digitalmente convertemos a imagem para o negativo, que posteriormente é impresso em uma transparência. Na sequência sobrepomos a transparência sobre o papel com os químicos secos e aplicando pressão entre um pedaço de acrílico de um vidro temos como resultado um sanduíche pronto para exposição. Se utilizarmos o sol como fonte de UV percebemos que uma boa exposição é obtida em torno de 20 minutos. Assim a imagem é fixada nos químicos. O suporte emulsionado é lavado com água, e após o enxágue colocado para secar no sol. O tempo de exposição muda a intensidade do azul e caso usados em demasia podem resultar na fragilização das fibras do papel. Experimentamos em papéis brancos, amarelos, folhas de árvores e tecido. Tivemos bons resultados no papel, mas em filhas vegetais não. O tecido revelou com tons claros e descobrimos que é necessário um procedimento anterior de acidificação. Para contornar a ausência de luz solar construímos uma caixa com LEDS UV, assim podendo produzir cianotipia independentemente da disponibilidade de luz solar. Nossos próximos passos são experimentar com outros suportes e realizar as misturas de químicos por conta própria, sem a necessidade de depender do LabClube e das receitas já prontas.

 


Palavras-chave


fotografia, cianotipia, artes

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