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Implantação e uso do Jardim sensorial do Centro de Equoterapia do Cavalo Crioulo, Sertão (RS)
Laurita Klein Lamaison, Juliana Marcia Rogalski, Bruna Aparecida dos Santos, Cassiane Simone Gorosterrazú, Liane de Oliveira, Juliana Assumpção Neitzke

Última alteração: 28-02-2020

Resumo


No Brasil, mais de 45 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência (visual, auditiva, motora, mental ou intelectual) e 25% vivem na linha de pobreza não tendo acesso a áreas públicas de lazer. Este estudo objetivou ampliar o jardim sensorial e criar atividades sensitivas e lúdicas para estimular os sentidos do corpo humano. O estudo foi conduzido no Jardim sensorial do Centro de Equoterapia do Cavalo Crioulo, no Instituto Federal do Rio Grande do Sul – Campus Sertão (RS). Para implantação do jardim sensorial foram utilizados materiais recicláveis, como pneus, bobinas, caixotes, paletes. Estes materiais serviram para confecção de floreiras, mesas, nichos, bancos e cercas, respectivamente. O jardim foi criado a uma altura pré-determinada, facilitando o acesso de pessoas com necessidades especiais. Foram utilizadas plantas de diferentes cores, texturas, aromas (ervas e flores), materiais de diferentes texturas e espessuras (areia, argila expandida, pedras, cascas de árvores), diferentes sons (sinos do vento e fonte d’água). Desta forma, os visitantes passaram por todos os setores, estimulando todos os sentidos (visão, tato, paladar, olfato e audição) não afetados pela deficiência do usuário. Além disso, foram utilizadas diferentes técnicas, tendo o jardim sensorial como base, como: projeção (luz e sombra), decalque de folhas, trilha com diferentes texturas e espessuras (areia, argila expandida, pedras, bambu, cascas de árvores e grama), meditação por meio de histórias, identificação de cores primárias e confecção de objetos (casas de passarinhos, vasos de pet, placas) utilizados nos jardins. Também foram resgatadas brincadeiras, como boliche, confeccionado com garrafas PET; jogo de argolas, confeccionado com mangueira e madeira recicladas; jogo do tabuleiro sobre as plantas do jardim; e jogo da memória sobre plantas medicinais nativas. Com estas atividades são desenvolvidas as capacidades físicas, motoras, sociais, afetivas, cognitivas e linguísticas dos visitantes. Além disso, essas atividades por serem mais aplicadas tornam-se mais divertidas e prazerosas, estimulando os visitantes a interagirem com o jardim sensorial e entre si. Desta forma, o jardim sensorial deixa de ser apenas uma área de lazer para se tornar uma ferramenta de inclusão social para pessoas com necessidades especiais e/ou vulnerabilidade social.


Palavras-chave


Inclusão; Materiais recicláveis; Jogos lúdicos e sensoriais

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