Esta ação faz parte do projeto de extensão intitulado “Construção de um banco de dados das notificações dos casos de Tuberculose no Brasil: uma contribuição para a construção de políticas públicas em saúde” onde estão sendo estudados os desfechos “cura” e “abandono de tratamento” da Tuberculose (TB) no Brasil. O projeto está sendo desenvolvido em parceria com a REDE-TB Brasil e o Ministério da Saúde. A tuberculose é uma doença infecciosa que geralmente afeta os pulmões, mas também pode acometer outros órgãos. A doença é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch, que pode ser transmitida pelo ar durante a fala, tosse ou espirro. Pode ser curada após o tratamento de 6 meses, no entanto, após 15 dias de tratamento, já se observa uma diminuição nos sintomas da doença. O Brasil é um dos países com maior número de casos no mundo, com aproximadamente 70 mil novos casos notificados por ano. No ano de 2016 a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu uma meta de que no Brasil, até 2035, 85% dos casos de TB notificados devem ser curados. O desempenho do Brasil, nos últimos anos, tem tido cura em média de 75% dos casos notificados. Isso indica que ações devem ser realizadas para que se atinjam os índices preconizados pela OMS. Recorrendo à literatura e trabalhos publicados com a temática de Tuberculose, encontra-se muito material sobre a ocorrência de TB e as possíveis variáveis que condicionam esse desfecho. Poucos estudos existem, entretanto sobre a cura da TB. Acredita-se que fatores epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos estejam associados a esse desfecho (hipótese desse trabalho). Para desenvolvimento deste trabalho está sendo criado um banco de dados no software MS-Excel com 108 atributos para os 5565 municípios brasileiros, com informações datadas de 2014 e 2015. Essas variáveis serão inseridas no software Stata 15.0, a fim de que possam ser analisadas quais variáveis apresentam associação com o desfecho “cura da TB” para os municípios brasileiros. Uma vez concretizado, o banco será entregue ao Ministério da Saúde, que poderá implementar políticas públicas de melhoria para os municípios com menor índice de cura no Brasil, aprimorando fatores que apresentaram associação com a cura e que podem ser melhorados.