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Educação para o feminismo no Campus Restinga
Rafaela Tomé Ferreira, Tatiana Teixeira Silveira

Última alteração: 28-02-2020

Resumo


O projeto de ensino ‘Educação para o feminismo no Campus Restinga’ oportuniza, através de diferentes ações teóricas e práticas, discussões sobre feminismos para as alunas e os alunos do Campus Restinga/IFRS. O projeto pretende colaborar na aprendizagem e formação de discentes do Campus Restinga para a compreensão de conceitos que envolvem o feminismo e, consequentemente, combatem o machismo institucional. As discussões sobre feminismos encontram-se pautadas para uma educação vinculada às temáticas do respeito às diferenças, nesse caso, educar contra o machismo e a LGBTfobia. Abrangendo, assim, propostas que contemplem a discussão sobre os direitos humanos na atualidade. As atividades são elaboradas em conjunto com as discussões da disciplina de Educação Física, dos eventos propostos pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em Gênero e Sexualidade (NEPGS) e do ‘Programa de extensão Feminismo na Restinga: a insurgência de mulheres na periferia’. A fundamentação teórica desse projeto está baseada nos estudos de gênero e no referencial teórico feminista. Como proposta metodológica são discutidos temas de interesse da população envolvida, estudos de conceitos e avaliação das atividades temáticas. São oferecidas oficinas, cursos, debates temáticos, exibição de filmes (‘Pariah’, ‘Hoje eu quero voltar sozinho’ e ‘Imagine eu e você’) e rodas de conversas — algumas das temáticas são: saúde das mulheres, construção sociocultural do feminino e do masculino, violência contra as mulheres e seus tipos, estereótipos de gênero no esporte, estereótipos de raça/etnia das mulheres/homens, diferenças e desigualdades nas profissões técnicas e masculinidade. A periodicidade das atividades é mensal e, eventualmente, conta com convidadas/os externas/os ao Campus Restinga. Como considerações finais, fixamos que as instituições de ensino possuem a finalidade máxima de fomentar iniciativas que discutam e reflitam a importância de contestar os padrões e as normas impostas por um grupo político que busca controlar a vida da população. Surge, assim, a necessidade que os corpos ‘fora dos padrões’ ditem suas regras, se reconheçam, se empoderem e participem de forma efetiva dos processos democráticos que fundam a sociedade brasileira e que constituem a escola pública e seus processos educacionais. Para que, através disso, a inserção da comunidade acadêmica, a partir do fomento de ações internas educativas, extrapole as conquistas do espaço escolar, formando, assim, uma comunidade que lute pelos temas emergentes da atualidade.

Palavras-chave


Feminismo; Ensino; Gênero

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