Última alteração: 06-12-2019
Resumo
A ansiedade e a depressão são importantes fatores que afetam a qualidade de vida. São muitas vezes subdiagnosticadas e subtratadas, trazendo prejuízos para a saúde mental. No contexto escolar, é preciso estar sempre atento para o aparecimento de sintomas de ansiedade e de depressão, tendo em vista que podem influenciar no rendimento escolar e na vida social dos educandos. Diante disso, o presente estudo tem como principal objetivo verificar a relação entre ansiedade, depressão e qualidade de vida em alunos pertencentes ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS) Campus Alvorada. Além disso, visa estimar a prevalência de sintomas depressivos e de ansiedade e sua associação com aspectos sociodemográficos e aspectos de qualidade de vida dos estudantes. Pretende-se também investigar a associação entre desempenho escolar e índices de depressão, ansiedade e qualidade de vida nos estudantes. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e transversal. A amostra se dará através da técnica de amostragem por conveniência, onde todos os alunos do IFRS Campus Alvorada serão convidados a participar da pesquisa, independente do curso e turno de estudo. Serão utilizados os seguintes instrumentos: ficha de dados sociodemográficos, Critério de Classificação Econômica Brasil de 2018, Inventário de depressão de Beck (BDI-II), Inventário de Ansiedade de Beck (BAI) e World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-BREF). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do IFRS e possui autorização do IFRS Campus Alvorada para a sua realização. Todos os participantes maiores de idade deverão assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e os menores de idade deverão assinar Termo de Assentimento Livre e Esclarecido e seus os pais deverão assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os instrumentos de avaliação serão aplicados em um único encontro, com duração média de 60 minutos. Até o momento, os instrumentos já foram aplicados em 6 turmas, num total de 155 alunos. Foram analisados os protocolos de 75 alunos e, desses, 41,3% apresentam grau mínimo de ansiedade; 29,3% ansiedade leve; 17,3% ansiedade moderada e 12% ansiedade severa. Em relação à depressão, 49,3% apresentam depressão mínima; 16% depressão leve; 18,7% depressão moderada e 16% depressão severa. A pesquisa ainda está em andamento, entretanto, os dados coletados até o momento são de extrema importância, pois espera-se que os resultados desse projeto contribuam para o planejamento de atividades de prevenção e de intervenções mais eficazes.