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Ser monitor: o que se aprende ensinando
Pedro Lucas Poleto, Jorge Nazareno Batista Melo, Gunnar Nathanael dos Santos Oliveira, Larissa Brandelli Bucco

Última alteração: 28-02-2020

Resumo


Uma sala de aula é um espaço de educação escolar constituído por alunos com diversidades em várias áreas, entre elas as potencialidades de aprendizagem que, ao mesmo tempo, enriquecem o ambiente e colocam em lados opostos os que apresentam bons desempenhos e os que não conseguem bons resultados. Na disciplina de matemática, em particular, um grande número de alunos vêm apresentando resultados muito abaixo do desejável, com fracos desempenhos e níveis pouco adequados de desenvolvimento. Diante desse cenário nada favorável, faz-se necessária a elaboração de estratégias que utilizem as diferenças em favor do processo de ensino-aprendizagem e que beneficiem a todos os envolvidos. Uma estratégia de cooperação que tem apresentado bons resultados é o processo de monitoria de alunos, em que os discentes com maior aptidão e desempenho auxiliam os que apresentam insuficientes resultados de aprendizagem. Sendo assim, essas evidências convergem para a questão: como utilizar de forma efetiva as diferenças de potencialidade dos alunos para promover o processo ensino-aprendizagem em matemática? O presente estudo tem como objetivo implementar um projeto de monitoria de alunos por pares como técnica de ensino-aprendizagem no componente curricular de Matemática I do Curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio, do IFRS - Campus Veranópolis. O projeto contou com a participação de 02 (dois) alunos monitores que semanalmente, após encontros de orientação com o professor coordenador do projeto, ofereciam no contraturno das aulas regulares atendimento aos colegas de turma, a fim de auxiliar na realização das tarefas de matemática, como listas de exercícios e trabalhos, além de retiradas de dúvidas ou, ainda, aprofundamentos de algum conteúdos específicos. Este projeto foi iniciado no mês de maio de 2019 e encontra-se em desenvolvimento. Ainda assim, já é possível levantar alguns resultados parciais muito promissores, tais como, vivências para os monitores que os tornam protagonistas do processo ensino-aprendizagem; oportunidades de desenvolvimento de habilidades no monitor como boa comunicação e relacionamento interpessoal, capacidade de lidar com as dificuldades de aprendizado dos colegas, empatia, pontualidade, responsabilidade, além de aprofundamentos dos assuntos curriculares da disciplina de matemática. Assim, conclui-se que a função do aluno monitor não se limita a execução das atividades repassadas pelo professor orientador, mas propiciar um ambiente de aprendizagem colaborativa, além de se envolver nas atividades como corresponsável na aprendizagem dos alunos monitorados.


Palavras-chave


Monitoria; Matemática; Ensino médio

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