Última alteração: 06-12-2019
Resumo
A buva (Conyza spp.) é uma planta daninha de difícil controle presente em todas as regiões produtivas do país em grande expressão, onde o seu manejo vem sendo dificultado pelo surgimento de resistência aos herbicidas até então utilizados e dessa forma, aumentando os custos com herbicidas alternativos e dificultando seu controle. Nesse contexto, o objetivo da pesquisa foi avaliar a eficiência dos herbicidas 2,4-D e glyphosate no controle de dois biótipos pré-selecionados de buva, pela elaboração de curva de dose-resposta dos herbicidas utilizados isolados ou em associação, aplicados em dois estádios vegetativos diferentes da planta daninha. O experimento foi realizado em casa-de-vegetação no IFRS - Campus Sertão, em delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições. Os tratamentos avaliados foram: 0 de dose; ¼ de dose; ½ de dose; 1x dose; 2x dose e 4x dose (0,0; 180; 360; 720; 1440; 2880 gr. e.a. ha-1), 2,4-D 0 de dose; ¼ de dose; ½ de dose; 1x dose; 2x dose e 4x dose (0,0; 302,25; 604,5; 1209; 2418; 4836 gr. e.a. ha-1) e associação glyphosate + 2,4-D 0 de dose; ¼ de dose; ½ de dose; 1x dose; 2x dose e 4x dose (0,0 + 0,0; 180 + 302,25; 360 + 604,5; 720 + 1209; 1440 + 2418; 2880 + 4836 gr e.a. ha-1), conforme recomendação, totalizando 18 tratamentos. A aplicação dos tratamentos foram realizadas quando as plantas de buva se encontravam em dois estádios vegetativos distintos, sendo de 6 a 8 folhas e o segundo estádio de 12 a 14 folhas. Realizaram-se cinco avaliações visuais de controle (%) aos 7, 14, 21, 28 e 35 dias após a aplicação dos tratamentos (DAT), bem como a coleta da matéria seca aos 35 DAT. Os dados obtidos foram submetidos à ANOVA (p≤0,05). Realizou-se a análise de regressão para o fator dose, fator estádio vegetativo e para o fator biótipo, obtendo-se as equações. Observou-se que o aumento de doses em uma proporção superior à recomendada em bula possibilita um melhor controle das plantas, porém permanece em um nível inferior ao aceitável quando aplicados em plantas que apresentam de 12 a 14 folhas, não alcançando 80% de controle visual. A pesquisa é uma ação de monitoramento dos biótipos regionais, a fim de conhecer o panorama atual da resitência, assim buscando evitar a dispersão, bem como reduzir os impactos gerados pela planta daninha nas áreas agrícolas, preconizando sempre as aplicações em estádios iniciais das plantas invasoras.