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Mapeamento de conceitualizações do termo sonoridade em teses e dissertações da área de comunicação no Brasil.
João Lucas Rios Silva, Marcelo Bergamin Conter

Última alteração: 06-12-2019

Resumo


O trabalho, vinculado ao projeto de pesquisa Análises espectrais de sonoridades no rock independente brasileiro se justifica por juntar forças com um dos desafios contemporâneos dos estudos de som e música da área de comunicação no Brasil. Há alguns anos, a rede de pesquisadores tem atualizado o enfoque teórico, preferindo uma abordagem materialista ao invés da hermenêutica. Tal processo tem criado para os pesquisadores da área o desafio de pensar mais na relação entre agentes humanos e não-humanos, tirando o Sujeito do centro dos fenômenos comunicacionais. Seguimos um levantamento realizado em 2018 pelo Grupo de Estudos de Imagem, Sonoridades e Tecnologia (GEIST) em que foi constatado que não há um consenso nos trabalhos acadêmicos da área da comunicação para conceitualizar a palavra sonoridade. Com esta informação partimos das universidades que tem mais trabalhos apresentados nos grupos de pesquisa sobre música e estudos do som dos eventos Intercom (Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação) e Compós (Associação Nacional dos Programas de Pós-graduação em Comunicação) cujo objeto teórico ou de análise seja a música em sua dimensão sonora para fazer um levantamento bibliográfico de teses e dissertações. No momento, estamos finalizando o mapeamento de teses e dissertações publicados na Região Sul para posteriormente cobrir as outras regiões do país. Esse levantamento é feito em duas etapas, sendo a primeira delas quantitativa, onde montamos uma tabela com dados de todas essas teses e dissertações para poder ser calculado a média de vezes que o termo sonoridade é utilizado. Julgamos importante entender como termos especificamente relacionados ao objeto da pesquisa também estão sendo empregados, portanto, paralelamente, calculamos a média de vezes em que aparecem os seguintes termos: sonoro, som, sônico, timbre, timbragem, tom, áudio, audibilidade, escuta, consonância e dissonância, para compreender como se dá a utilização dos termos supracitados por pesquisadores brasileiros. Na segunda etapa, o levantamento se torna qualitativo, onde então recortamos trechos das teses e dissertações onde há uma definição pela parte do autor/autora do termo “sonoridade”. Até o momento já contamos com 18 trabalhos analisados, sendo sete teses e onze dissertações de Programas de Pós-Graduação em Comunicação das seguintes universidades do Rio Grande do Sul: Unisinos, UFRGS e PUCRS. Buscamos sistematizar o que já foi escrito no brasil sobre o tema, bem como desenvolver, posteriormente, nossas próprias noções do que significa sonoridade para os estudos de som e música na área da comunicação.



Palavras-chave


Sonoridade; Comunicação; Música

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