Portal de Eventos do IFRS, 6º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Efeito da época de aplicação dos herbicidas 2,4-d e iodosulfuron-metil na cultura do trigo
Gean Marcos Tibola, Argel José Giacomini, Eduardo Carlos Rudell, Cezar Augusto Camera, Júlio Tagliari Balestrin, Fernando Machado Dos Santos

Última alteração: 15-03-2018

Resumo


Para alcançar o máximo potencial produtivo na cultura do trigo (Triticum aestivum L.), existe a necessidade de controlar as plantas daninhas. Para o controle dessas plantas em pós-emergência, são utilizados herbicidas pertencentes ao grupo químico das sulfoniluréias e herbicidas mimetizadores de auxinas. No entanto, o uso destes herbicidas podem provocar sintomas de fitotoxicidade na cultura de interesse. Nesse contexto, o objetivo do trabalho foi avaliar a fitotoxicidade causada, pela aplicação dos herbicidas 2,4-D e iodosulfuron-metil em diferentes estádios de desenvolvimento do trigo. O experimento foi conduzido em casa de vegetação no IFRS/Sertão, o delineamento experimental foi de blocos ao acaso com quatro repetições. Os tratamentos foram a aplicação dos herbicidas 2,4-D e iodosulfuron-metil em nove estádios de desenvolvimento das plantas de trigo. As variáveis avaliadas foram: fitotoxicidade aos 7, 14, 21, 28, 35 dias após aplicação (DAA), número de afilhos por plantas (NAP), número de espigas por planta (NEP), número de grãos por espiga (NGE), peso de mil grãos (PMG) e rendimento de grãos por planta (RGP). A avaliação da fitotoxicidade obedeceu a uma escala com números de 0 a 100, sendo que 0 significa que não houve nenhum efeito e que 100 ocorreu a morte da planta. Os resultados obtidos foram submetidos a análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. Onde se observou que houve fitotoxicidade nas avaliações feitas aos 7 DAA do iodosulfuron-metil em todos os estádios fenológicos. Já no caso do 2,4-D foram observados sintomas de fitotoxicidade no florescimento apenas quando este foi aplicado nos estádios de crescimento de plântula e afilhamento. A variável NAP apresentou diferença quando o herbicida 2,4-D foi aplicado no início do afilhamento, onde teve maior NAP que a testemunha. Se tratando do NEP não ouve diferença estatística nos tratamentos. A variável NGE nos estádios de inicio de afilhamento, afilhamento e espigamento os tratamentos pulverizados com 2,4-D produziram menos que a testemunha, e pulverizado no florescimento produziu menos que o pulverizado com iodosulfuron-metil e a testemunha. Quando aplicado 2,4-D no emborrachamento o PMG foi maior que o pulverizado com Iodosulfuron-metil, já no florescimento o PMG foi maior que a testemunha e o pulverizado com Iodosulfuron-metil. A análise permitiu concluir que a fitotoxicidade que os herbicidas provocaram, não foi suficiente para causar redução no rendimento de grãos, mas recomenda-se não aplicar o 2,4-D nos estádios de crescimento de plântula e afilhamento para evitar a fitotoxicidade.


Palavras-chave


Plantas daninhas; Fitotoxicidade; Sulfoniluréias; Mimetizadores de auxinas

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