Última alteração: 15-03-2018
Resumo
O Centro Tecnológico de Acessibilidade (CTA) do IFRS vem trabalhando com pesquisa e desenvolvimento de soluções de acessibilidade de baixo custo, para eliminar as barreiras que impedem que pessoas com deficiência e outras especificidades participem das diversas esferas sociais. E uma potente forma de conseguir êxito nesse objetivo é por meio da pesquisa e desenvolvimento de Tecnologia Assistiva (TA), que representa toda e qualquer ferramenta, recurso ou processo utilizado com a finalidade de proporcionar uma maior independência e autonomia para as pessoas com deficiência ou alguma limitação.Tomando como base o conceito de TA, esse projeto tem como objetivo a promoção de oficinas para cocriação, experimentação e legitimação de TA, em especial os recursos conhecidos como estabilizador de cabeça e bota inclusiva, além de materiais didático-pedagógicos adaptados, os quais também são considerados TA. O projeto teve início com pesquisa e levantamento de dados sobre os recursos que já existem no mercado, suas potencialidades e limitações. Esses dados fornecem subsídios para as oficinas de cocriação, nas quais equipes multidisciplinares, em um espaço estruturado para estimular o pensamento criativo, podem cocriar artefatos inovadores, sugerindo melhorias e atendendo às demandas de quem utiliza esses recursos. A proposta da realização das oficinas é confeccionar recursos que contribuam para o processo de inclusão de estudantes com as mais diversas especificidades. O projeto completo inclui dois tipos de oficinas: sobre cocriação, experimentação e legitimação de recursos de TA e sobre cocriação de materiais didático-pedagógico adaptados. Até o momento foram realizadas três oficinas, sendo duas de cocriação dos recursos de TA e uma de experimentação de recursos de TA da vida diária. A primeira oficina de cocriação contou com 57 participantes; a segunda com 44; e a de experimentação com 29 participantes.Durante as oficinas de cocriação pessoas com deficiência, seus familiares, profissionais e estudantes das áreas de educação, saúde e design pensaram juntos em formas de melhorar os recursos de TA: bota inclusiva e estabilizador de cabeça, apresentados pelo projeto Diversidade na Rua da Mercur. Nas oficinas de experimentação, a Mercur expôs os recursos de TA para vida diária já produzidos, permitindo que os participantes experimentassem tais recursos. Durante as oficinas os objetivos do projeto foram atingidos no sentido de propiciar espaços enriquecedores onde os participantes tiveram contato com a TA e atuaram na criação conjunta de recursos de baixo custo que podem virar soluções para minimizar barreiras, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva.