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Avaliação temperamental de bovinos de corte das raças Indubrasil e Devon
Última alteração: 14-03-2018
Resumo
A bovinocultura de corte é uma das atividades mais importantes do agronegócio brasileiro e tem forte influência econômica para os pecuaristas, sendo relevante a adoção de inovações tecnológicas que tragam avanços da produtividade. Avaliação comportamental do bovino durante o manejo rotineiro possibilita identificar características temperamentais desejáveis como a calma e docilidade. Esse perfil varia amplamente conforme a raça e resulta em melhores índices zootécnicos, maior bem-estar animal e reduz riscos ao manejador. O presente projeto, que iniciou em 2017, tem como objetivo avaliar o temperamento de bovinos das raças Indubrasil, Devon e Mestiços. Duas propriedades foram visitadas na cidade de Paim Filho-RS, localizado na mesorregião noroeste do estado, onde realizou-se o levantamento dos animais (total de 100 animais, categorias jovem a adulto) e instalações. Num segundo momento do projeto, serão realizados a campo quatro testes de temperamento no brete e no curral. O primeiro teste é o escore composto de tronco (EC), avaliado por 1 minuto, após 10 segundos da contenção do animal no brete (1 = calmo, nenhum movimento ou respiração audível; 2 = inquieto, alternando posição das patas; 3 = se contorcendo, tremendo, movimentação da cauda, mugidos; 4 = movimentos contínuos e vigorosos, respiração audível, maior frequência de mugidos; 5 = movimentos vigorosos e contínuos, virando-se ou lutando violentamente, respiração audível, mugidos contínuos, coices. O segundo é o tempo de saída do brete (TS); animais com menor TS são considerados mais reativos. Os valores de TS são transformados em valores de velocidade de saída (VS = distância percorrida (2,5 m)/tempo gasto para percorrê-la). A terceira avaliação será o teste de distância de fuga (DF), com e sem estímulo positivo; com o animal parado no curral, o observador caminha na sua direção, assim que o animal reagir se distanciando/virando, é determinada a distância entre o animal e observador. No teste DF com estímulo positivo, o animal terá alimento (concentrado) disponível no curral; ao começar a comer, o observador se aproxima dele, mensurando-se a distância tolerada pelo animal. Observação direta e câmera de vídeo serão utilizadas para registrar detalhadamente os testes. Os dados comportamentais e de distância de fuga serão tabulados em excel, computados com software estatístico (SAS) com um modelo misto (raça, categoria/fixo; animal/aleatório). Os resultados serão apresentados no evento científico. Com o projeto, pode-se aprofundar os conhecimentos técnico-científicos quanto ao temperamento das raças em questão, beneficiando também os pecuaristas no processo de seleção de animais mais dóceis.
Palavras-chave
Temperamento; Testes; Produtividade; Bem estar animal.
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