Portal de Eventos do IFRS, 6º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Educação empreendedora nas universidades: a formação do ecossistema empreendedor através das melhores práticas
Éverton Quadros do Couto, Anderson Raphael de Oliveira, Shana Sabbado Flores

Última alteração: 14-03-2018

Resumo


O Brasil desponta com um crescimento significativo de microempreendimentos, contudo os dados apontam para o fato do país sofrer com a falta de capacitação e inovação por parte de seus empreendedores, conforme relatório da GEM (Global Entrepreneurship Monitor). O projeto Em(A)preendendo é parte do Programa Despertar, uma iniciativa que busca promover o empreendedorismo no IFRS articulando ações de ensino, pesquisa e extensão. O objetivo da pesquisa foi realizar estudo das melhores práticas em termos de educação empreendedora, no Brasil e contexto internacional, de modo a embasar a atuação do Programa Despertar, além de propor novas iniciativas. A pesquisa foi baseada em revisão da literatura sobre educação empreendedora, na qual foram escolhidas dez universidades consideradas referência como ecossistemas empreendedores, 5 brasileiras (USP, UNICAMP, UFRGS, UFC, PUC-Rio) e cinco internacionais (Babson College, MIT e Cornell University, nos EUA, Aalto University, na Finlândia, e Technion University, em Israel). A pesquisa se estruturou através de quatro perguntas orientadoras (por que a universidade é empreendedora, quais os fatores internos e externos são influência no ecossistema, quais são as ações e melhores práticas em destaque que podem ser replicadas no contexto atual da instituição, e o que podemos aprender com elas), que foram respondidas com pesquisa documental e revisão de literatura, usando triangulação entre múltiplas fontes para validação. Os resultados apontam para o esforço crescente das universidades pesquisadas em individualizar as características empreendedoras como forma de aplicar a metodologia experimental de ensino e também para a importância do ecossistema empreendedor, através das parcerias com empresas e da propriedade intelectual. As melhores práticas identificadas foram: presença de incubadoras, aceleradoras e empresas juniores, processo de mentoria, foco na propriedade intelectual, parcerias, investimento em infraestrutura e realização de competições. A educação empreendedora deve ser parte dos níveis mais básicos da educação, pois além de fundamental para a criação de uma cultura empreendedora, também é ferramenta prática potencializar o aprendizado, sobretudo no ensino técnico e tecnológico.

Palavras-chave


Empreendedorismo; Educação empreendedora; Ecossistema empreendedor; Ensino experimental

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