Portal de Eventos do IFRS, 6º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Avaliação agronômica inicial de diferentes cultivares de amoreira-preta nos Campos de Cima da Serra
Jéssica Luana de Freitas, Luisa Dalsolio Paloschi, Gilberto Luiz Putti

Última alteração: 14-03-2018

Resumo


O consumo da amora-preta (Rubus sp.) tem se popularizado por a fruta possuir compostos (antocianinas e taninos hidrolisáveis) que contribuem na prevenção do envelhecimento precoce. Além disso, seu cultivo tem se ampliado nos Campos de Cima da Serra tendo em vista o potencial da região, sendo Vacaria o principal polo de produção. Diante disso, o presente estudo visa avaliar o comportamento inicial de diferentes cultivares de amoreira-preta, em relação à fenologia, produção e análises físico-químicas do fruto. O objetivo da pesquisa é recomendar aos produtores da região a melhor opção de acordo  com suas necessidades. O pomar experimental foi instalado no IFRS – Campus Vacaria em outubro de 2016 e delineado em blocos casualizados com 4 tratamentos divididos, 5 repetições e 10 plantas por parcela, com espaçamento de 0,6m entre plantas e 3,5m entre linhas, no sistema de condução em “V”. Os resultados obtidos serão submetidos a análises de variâncias e teste de tukey. As cultivares analisadas são: a Cherokee, lançada em 1974 pela Universidade do Arkansas (EUA); a Guarani e a Tupy, desenvolvidas pela Embrapa Clima Temperado em 1998, sendo a última a cultivar mais produzida no mundo e base para comparações; e a BRS Xingu, a mais recentemente lançada pela Embrapa Clima Temperado, em 2015. Os resultados preliminares mostram as diferenças entre período de término da queda de folhas, início de brotação de gemas, início de floração e percepções visuais no decorrer do manejo diário do pomar. Avaliando o período de queda de folhas, a cultivar Cherokee foi a mais precoce. Todas suas folhas caíram até 26/07/2017, seguida pela Tupy (14/08/2017), pela Xingu (18/08/2017) e pela mais tardia, a Guarani, cujas folhas mais antigas foram podadas no dia 22/08/2017. Já no início de brotação, a Tupy foi a mais precoce, tendo suas primeiras gemas com pontas verdes no dia 14/07/2017. Em seguida, veio a Guarani, no dia 25/07/2017, mesmo com a maioria das folhas antigas ainda presentes. Logo após vieram as gemas da BRS Xingu, no dia 03/08/2017. Por último, após uma semana com temperaturas médias mais quentes, a Cherokee brotou, no dia 17/08/2017.  Com relação ao início da emissão floral, as única cultivares que pode-se encontrar flores abertas são a Guarani e a BRS Xingu, que floresceram nos dias 28 e 30/08/2017, respectivamente. As demais avaliações estão sendo realizadas desde agosto de 2017 e se estenderão até o final da colheita, prevista para fim de dezembro.

 


Palavras-chave


Rubus sp; Fenologia; Fitotecnia; Berries

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