Portal de Eventos do IFRS, 5º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Avaliação comportamental do uso de poleiros por frangos de corte em fase de crescimento
Caroline Pereira Ferreira, David Mikael Rudolf Oszika, Júlia Lazzari, Cleimar Grespan, Rosangela Poletto Cattani

Última alteração: 01-11-2016

Resumo


O desafio de produzir e manter as condições de bem-estar de frangos de corte quanto à lotação, ambiência e enriquecimento ambiental é instigado por consumidores e padrões de certificação de bem-estar animal. Possibilitar as aves a expressar seus comportamentos naturais melhora a produção e o conforto. Empoleirar é um comportamento inato encontrado nas aves e utilizado como proteção contra possíveis ataques de outras aves e predadores. Apesar da pressão da seleção genética para melhorar o desempenho, os frangos ainda mantêm em algum grau, a necessidade de empoleirar, no entanto não se conhece na literatura a altura específica, conforme a idade, a qual o frango consegue subir. Portanto, neste estudo objetivou-se avaliar a utilização de poleiro em variadas alturas por frangos de corte em fase de crescimento. Foram utilizados 20 frangos (19 fêmeas e 1 macho) identificados por lacres coloridos presos aos pés, dispostos 5 aves por box (4 boxes) de 2 m2 cada, localizados no galpão experimental do IFRS-Campus Sertão, onde foram criados sob condições comerciais de 1 a 42 dias. O ganho de peso foi monitorado uma vez por semana. As alturas de poleiro estudadas foram 0 cm (controle, piso), 10, 20, 30 e 40 cm. Para adaptação, o poleiro em forma de plataforma encontrava-se no piso de 1 a 7 dias de vida. Em cada dia a partir deste, foi variada a altura do poleiro conforme o desenho experimental Quadrado Latino. Foram filmadas quatro horas diárias de comportamentos e estes foram avaliados por instantâneos a cada 3 minutos; as médias de 30 minutos foram analisadas por um modelo misto de tratamento e dia(tratamento) como fatores fixos e, box como aleatório; valores de P<0,05 foram considerados significativos. O peso médio das aves aos 42 dias foi de 2,520 Kg. As aves subiram e desceram, e comeram mais frequentemente sob a plataforma aos 10 cm do que em qualquer outra altura testada (P<0,0001). Elas apresentaram mais comportamentos de conforto, como esticar os membros e bater asas, e interação com a plataforma como bicagem da mesma nas alturas controle e aos 10 cm quando comparados às outras alturas (P<0,0001). Nenhuma ave subiu na plataforma quando esta estava em 30 cm ou 40 cm. O estudo demostra que os frangos de corte, ainda que com algumas semanas de vida, não têm o estímulo ou possuem limitações físicas como peso de peito para empoleirar em alturas acima de 10 cm.

Palavras-chave


Ambiência; Avicultura; Bem-estar; Comportamento; Criação

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