Portal de Eventos do IFRS, 5º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Elaboração de uma Laminoteca de Anatomia Vegetal destinada ao estudo da flora nativa do Rio Grande do Sul
Amanda Brandt Beschorner, Amanda Silva Neves, Márcia Bündchen

Última alteração: 31-10-2016

Resumo


Coleções biológicas são importantes ferramentas para o estudo da diversidade biológica macroscópica e microscópica no ambiente de ensino. No entanto sua utilização nas escolas é ainda restrita em decorrência de diversos fatores estruturais e metodológicos. Com o propósito de agregar essa ferramenta ao aprendizado especialmente no contexto das escolas públicas, almeja-se, a partir da pesquisa na diversidade florística do país e do estado, determinar as espécies vegetais úteis para o ensino e aprendizagem da estrutura celular e histológica das plantas. Para tanto, estão sendo selecionadas espécies vegetais nativas do Rio Grande do Sul visando elaborar uma coleção histológica representativa de células e tecidos vegetais fundamentais. Os critérios de escolha das espécies incluem apresentar ampla distribuição no estado, fácil acesso e identificação. Até o momento, quatro espécies foram selecionadas: cladódios de Cereus hildmannianus K. Schum (Cactaceae) para ilustrar adaptações à seca, folhas de Eugenia uniflora L. (Myrtaceae) representando as cavidades secretoras, frutos de Schinus terebinthifolius (Anacardiaceae) para o estudo das partes constituintes do fruto raízes de Araucaria angustifolia (Araucariaceae) para análise do meristema apical da raiz. As amostras foram coletadas, fixadas em FAA70 e armazenadas em álcool 70% para processamento posterior conforme as técnicas usuais em anatomia vegetal. O laminário está sendo produzido por meio de amostras infiltradas em glicolmetacrilato, seccionadas em micrótomo rotativo e coradas com reagentes específicos. As estruturas representativas estão sendo fotografadas ao microscópio óptico munido de câmera fotográfica e utilizadas para elaboração de um atlas histológico. O atlas contará ainda com informações de cada espécie, como informações gerais, distribuição, curiosidades e possíveis locais de coleta na região de Porto Alegre, usos e nomenclaturas na cultura popular e sugestão de procedimentos didáticos, além de exsicatas. Acredita-se que a disponibilização do laminário histológico às escolas vá contribuir de forma significativa para o enriquecimento das aulas de histologia vegetal, bem como, para o conhecimento das espécies vegetais do estado e sua valorização.


Palavras-chave


Histologia; Interdisciplinaridade; Aulas práticas

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