Portal de Eventos do IFRS, 5º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Bioquímica e morfofisiologia em Handroanthus heptaphyllus (Mart.) Mattos (ipê-roxo) na fitorremediação de solo poluído com zinco
Letícia Mesacasa, Marina Antonioli Trindade, Carla Alves, Rosilene Rodrigues Kaizer, Jeonice Werle Techio

Última alteração: 27-10-2016

Resumo


Atualmente muitos impactos são causados ao meio ambiente e por consequência disso o mesmo acaba poluído. Em busca de tecnologias para descontaminação de solos poluídos com metais tóxicos, a fitorremediação apresenta grande potencial. Em razão desta constante exposição a inúmeros compostos químicos e potencialmente tóxicos, as plantas desenvolvem processos bioquímicos para combatê-los. Conhecer esses mecanismos desenvolvidos por elas é de grande importância para o êxito da fitorremediação. O objetivo foi avaliar as alterações bioquímicas e morfofisiológicas em ipê-roxo na fitorremediação de solos poluídos com zinco. O estudo foi realizado no IFRS – Campus Sertão, município de Sertão-RS. A espécie utilizada foi Handroanthus heptaphyllus (Mart.) Mattos (ipê-roxo). As concentrações de zinco utilizadas foram baseadas na resolução 420/2009 do CONAMA, sendo eles: 0, 150, 300, 450, 900 e 1800 mg de Zn kg-1 de solo. O delineamento experimental foi o de blocos casualisados, composto por 6 tratamentos e 4 repetições, totalizando 24 parcelas. Em intervalos de 20 dias foram coletados discos foliares para determinação dos teores de clorofila a e b das plantas. Após o término do cultivo dos ipês foi coletado o sistema radicular e parte aérea para a determinação da massa seca dos mesmos. Algumas folhas frescas foram coletadas, maceradas e guardadas em ultra-freezer para posterior análise de peroxidação lipídica. Os dados obtidos, foram analisados estatisticamente com o software CoStat. Os maiores valores de teor de clorofila a e produção de massa seca do sistema radicular foram observados nas doses de 300 e 450 mg de Zn Kg-1 de solo. Já, os maiores valores do teor de clorofila b e produção de massa seca da parte aérea foram encontrados na dose de 450 mg Zn Kg-1 de solo. Os maiores valores de peroxidação lipídica foram observados nas doses de 150, 300 e 450 mg de Zn kg-1 de solo. Conclui-se que o ipê-roxo apresenta mecanismos de tolerância até a dose de 450 mg de Zn Kg-1 de solo, sugerindo que o mesmo apresenta potencial de fitorremediação até esta concentração de Zn no solo.

Palavras-chave


Ipê-roxo; Metal tóxico; Sustentabilidade;

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