Portal de Eventos do IFRS, 5º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Se o homem é bruto, a mulher é sensível: abandonando a visão dicotômica da divisão de papéis
Paula Gheller, Edson Carpes Carmargo

Última alteração: 31-10-2016

Resumo


Esse artigo tem como objetivo analisar as concepções de gênero presentes na literatura, buscando identificar suas concepções de masculino e de feminino. Durante muito tempo a educação formal foi privilégio do sexo masculino e as mulheres geralmente estavam diretamente relacionadas com os afazeres domésticos, o cuidado com o lar e com o outro. Contudo, o mercado de trabalho se abriu ao mundo feminino possibilitando a participação das mulheres no espaço público. O sistema capitalista de construção de vida faz com que, além de cuidar dos afazeres domésticos as mulheres tenham uma jornada de trabalho, variando conforme sua classe social. Recebendo menores salários que os homens, em piores condições de trabalho. Diante disso, as questões de gênero emergem como debate central na sociedade num enfrentamento ao patriarcado. Sistema patriarcal se caracteriza pela tentativa de definir a inferioridade da mulher, como sendo natural. No momento em que desponta a segunda fase do feminismo, uma corrente muito forte considerou o gênero como a distinção entre masculino e feminino, sendo mencionado o “fundacionismo biológico”, no qual coexistem corpo, personalidade e comportamento em relações consideradas como acidentais em contraposição ao determinismo biológico, ou seja, que a biologia determina os aspectos da personalidade e do comportamento. O “fundacionismo biológico” se afasta do determinismo por permitir que os dados biológicos coexistam com os aspectos da personalidade. Dessa forma, o fundacionismo biológico tornou-se um obstáculo à verdadeira compreensão das diferenças entre homens e mulheres, generalizando o conceito de identidade sexual e vinculando-a ao que é específico de uma determinada cultura. Levando isso em consideração, esta pesquisa busca trazer à tona as concepções de gênero, refletindo sobre as práticas educativas e os discursos que nos constituem homens e mulheres. Este estudo trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa e de caráter exploratório. Como percurso metodológico, optou-se pela pesquisa bibliográfica, utilizando os conceitos das teorias feministas. Diante disso, torna-se possível um outro olhar sobre o processo educativo e sobre os sujeitos da educação, aprimorando a prática educativa e desmistificando os conceitos pré-estabelecidos

Palavras-chave


Gênero; Feminismo; Patriarcado; Fundacionismo Biológico

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