Última alteração: 01-11-2016
Resumo
O fosforo é um dos macronutrientes de importância na produção vegetal, no entanto, apresenta baixíssima mobilidade no solo. Nesse contexto, surge no mercado nacional um fertilizante micro granulado com alta solubilidade, o Rizostar®, que poderá demonstrar repostas positivas com relação a liberação desse elemento a longo prazo, mas informações sobre esse produto são desconhecidas no país. Combinado a isso, há um entrave na sua utilização, a sua dosagem, que oscila ao redor de 30 kg ha-1, o que torna-se de difícil obtenção na semeadora, haja visto que as dosagens comumente empregadas é acima de 80 kg ha-1. Nesse contexto, objetivo deste trabalho é validar o uso de uma nova tecnologia de fósforo na cultura do trigo, bem como, buscar formas para dosar e verificar sua distribuição pelo dosador de fertilizante. Foi instalado um experimento a campo com a cultura do trigo, em Nitossolo Vermelho sob sistema de plantio direto, em delineamento de blocos ao acaso com os seguintes tratamentos: 20 kg ha-1 de RIZOSTAR; 30 kg.ha-1 de RIZOSTAR; 40 kg ha-1 de RIZOSTAR; 100 kg ha-1 de MAP; 150 kg ha-1 de MAP; 200 kg ha-1de MAP; 186 kg ha-1 de NPK; 279 kg ha-1 de NPK; e 371 kg ha-1 de NPK, sendo que os tratamentos foram equalizados com a adição de KCl e ureia. Os dados avaliados serão a altura de plantas, massa seca de raiz, área explorada e profundidade efetiva das raízes, produtividade e peso hectolitro. Em laboratório foi realizado um experimento em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 5 x 3 (Dosagem, inclinação de trabalho) para validação do produto na máquina, realizada em uma bancada de testes equipada com o dosador rosca helicoidal por transbordo, Fertisystem®, sendo testado as dosagens de 20, 30, 40, 50 e 60 kg ha-1, em aclive de 10°, nível e declive de 10°. Foi avaliado o coeficiente de variação da distribuição (CVd), realizada através da metodologia ISO 5690/1 (ISO, 1985). O CVd foi reduzindo na medida que foi aumentando a dose independente da inclinação, sendo que a média foi 46,56; 36,90; 23,95; 25,17 e 24,11% respectivamente nas doses 20, 30, 40, 50, e 60 kg.ha-1. A inclinação declive foi a que apresentou pior distribuição em todas as dosagens, com exceção na dosagem de 60 kg ha-1 na qual o pior CVd foi da inclinação aclive.