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Linguagem e autenticidade no pensamento de Charles Taylor
Paola Mariana Sória, Rogério Foschiera

Última alteração: 01-11-2016

Resumo


Este trabalho busca problematizar o papel da linguagem na constituição do ser humano, daí suas implicações com a ética e com a educação. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que trabalha com dados bibliográficos numa perspectiva hermenêutica e dialética. O autor escolhido foi o filósofo canadense Charles Taylor. Foram realizadas leituras e análises de textos do autor, com o propósito de investigar o papel da linguagem na constituição do ser humano enquanto autenticidade. O autor explora a linguagem sob uma perspectiva histórica, identificando os conceitos das teorias designativas e expressivistas. Buscou-se, então, compreender a demanda atual por autenticidade e ética, assim como a identificação do conceito de expressividade para o autor. A teoria designativa surgida no século XVII consiste na mera representação da realidade, não há nenhum vínculo com o indivíduo, ou seja, as palavras servem somente para designar o superficial e não há nada mais profundo a ser descoberto por meio delas. A partir do século XX tem-se o surgimento da teoria expressivista, a qual está sempre relacionada à subjetividade, ou seja, tudo o que o sujeito manifesta diz respeito às suas crenças, valores, sentimentos, cultura e outras características. Como resultados parciais desta pesquisa, temos que com a significação se passa a interpretar, além do discurso, o seu contexto e o de seu autor. Tal foco contribuiu para se ter uma visão que vai além da ciência, que utiliza em larga escala a designação. Questões mais humanas e de individualidade começam a ganhar maior destaque com as teorias expressivistas, em essencial com relação à formação de identidade, que é expressa por ações e palavras. A compreensão do que se lê ou se ouve será sempre única para cada um, pois se tem diferentes visões de mundo. No entanto, primeiramente, é preciso construir de forma compartilhada uma visão de mundo. Para isso, a educação precisa se dar na autenticidade e na expressividade, ou seja, uma educação que objetive a construção de identidades éticas e que mostre o valor da expressão individual e das diferenças culturais.


Palavras-chave


Linguagem; Ética; Autenticidade; Charles Taylor

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