Portal de Eventos do IFRS, 5º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Antagonismo in vitro de bactérias endofíticas sobre Phaeoacremonium parasiticum
Lucas Boaretto Comachio, Bruna Alana Haupt Pacini, Júlio César Tonello, Marcus André Kurtz Almança

Última alteração: 01-11-2016

Resumo


Grande fator de limitação da viticultura no Rio Grande do Sul, as doenças fúngicas do tronco da videira são frequentemente associadas ao declínio e morte de plantas. Espécies do gênero Phaeoacremonium destacam-se neste contexto por serem relacionadas à Doença de Petri, causadora do declínio e morte de videiras jovens. Constantemente busca-se alternativas ao uso de produtos químicos na agricultura. Diversas pesquisas já apontaram espécies de Bacillus como eficientes agentes de controle biológico e, neste contexto, o objetivo do trabalho foi avaliar o potencial de controle biológico de bactérias endofíticas de videiras através de antagonismo in vitro, contra Phaeoacremonium parasiticum. Inicialmente, 30 amostras de bactérias, isoladas de videiras da Serra Gaúcha pelo Laboratório de Fitopatologia do IFRS - BG, foram cultivadas em tubos de ensaio contendo 20 ml de meio Tryptone Soya Broth (TSB), em incubadora tipo B.O.D. durante 3 dias, a 28ºC. O Phaeoacremonium parasiticum (isolado CMM-4320 da coleção CMM/UFRPE) também foi incubado em B.O.D., durante 15 dias, até que a colônia obtivesse tamanho suficiente. Na montagem do confronto, utilizou-se placas de Petri contendo meio de cultura Ágar Batata Dextrose (BDA) sem antibiótico. No centro da placa foi inoculado um disco de 5 mm contendo micélios do fungo e em dois lados opostos ao patógeno, a 2cm das bordas foi inoculado uma suspensão de 10 µL de bactérias na forma de estrias de 2cm. Como controle foi inoculado apenas um disco de 5 mm do fungo, sem acréscimo de nenhuma bactéria. As placas foram mantidas em B.O.D. a 25ºC durante 20 dias. A avaliação do experimento foi realizada com a medição do diâmetro da colônia do patógeno com o auxílio de um paquímetro digital no vigésimo dia após inoculação do fungo e da bactéria. A escolha desse período de tempo entre a inoculação e avaliação de seu devido ao crescimento lento do fungo. As médias dos resultados obtidos foram analisados através do teste de Tukey 5%, pelo programa SPSS Statistic. Dentre as trinta testadas, apenas as bactérias “6”, “24” e “26” não diferiram estatisticamente da testemunha. Todas as outras apresentaram redução significativa no crescimento micelial do patógeno, com destaque às bactérias “1” e “30”, que reduziram aproximadamente 70% o diâmetro da colônia em relação ao controle. Sendo assim, as bactérias testadas no experimento mostram-se potenciais agentes de controle biológico contra fungos relacionados às doenças de tronco de videira.


Palavras-chave


Crescimento micelial; Biocontrole; Doenças de tronco

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