Portal de Eventos do IFRS, 5º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Propagação de erva-mate (Ilex paraguariensis A. St.-Hill.) por macroestaquia
Daiane Budke, Júlia Decarli, Suzana Ferreira da Rosa, Marcos Paulo Ludwig

Última alteração: 03-11-2016

Resumo


A erva-mate (Ilex paraguariensis A. St.-Hill.) é uma espécie nativa da América do Sul, muito conhecida pelo seu valor cultural e econômico, sendo utilizada em sistema agroflorestal. A produção de mudas via sexuada apresenta dificuldades em relação ao tempo para obtenção de mudas, isso decorre da necessidade de superação de dormência das sementes e baixa porcentagem de germinação. Na produção de mudas através da propagação assexuada por estaquia, pode-se reduzir o tempo de obtenção das mudas, além disso, devido à clonagem de plantas matrizes com características genéticas superiores, obtêm-se um material homogêneo. Porém, se tem a dificuldade no enraizamento. Com isso, o objetivo do presente trabalho foi testar técnicas de estaquia para produção de mudas de erva-mate, visando estimular o fornecimento de mudas na região do Alto Jacuí. O estudo foi realizado no viveiro de mudas do IFRS, Campus Ibirubá. A estaquia foi realizada através da coleta de estacas lenhosas e semilenhosas com 10 cm de comprimento coletadas em matrizes. A estaquia foi realizada em agosto de 2015, sendo aplicados os seguintes tratamentos: estacas lenhosas sem hormônio, com AIA (Ácido Indolacético) e com AIB (Ácido Indolbutírico), estacas semilenhosas sem hormônio, com AIA e com AIB. As estacas foram deixadas em contato com os indutores por 10 segundos na concentração de 500 mg/L, e a sua avaliação realizada após 30 dias da aplicação dos tratamentos, das 240 estacas, cerca de 94,6 % das plantas permaneceram vivas. Após 8 meses, observaram-se 23 estacas vivas, com 0,56 brotos, em média, cujo comprimento e diâmetro de 2,80 cm e 0,126 cm, respectivamente. No ano de 2016 foram coletadas estacas lenhosas em ramos de brotação no mês de julho. O delineamento foi inteiramente casualizado, avaliando fator hormônio, baseando na testemunha (sem hormônio), 5 mg/L de AIB, 10 mg/L de AIB, 8 mg/L de AIB mais 4 mg/L de ANA (Ácido Naftalenacético), e o fator de tempo de contato: 10 segundo, 1 minuto e 10 minutos. Após 30 dias, as estacas foram avaliadas quanto à sobrevivência, e o número de brotos e folhas. Cerca de 83,70 % das estacas permanecem vivas, 18,10 % sem abscisão foliar, 65,64 % já possuíam brotação. Para a obtenção de resultados mais conclusivos no experimento, serão realizadas novas avaliações nos próximos meses e repetido o experimento ao decorrer dos anos, além da avaliação do desenvolvimento de mudas a campo.


Palavras-chave


Propagação assexuada; Produção de mudas; Propagação vegetal

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