A inexistência de cultivares resistentes à doença da giberela (causada por Gibberella zeae), a baixa eficiência do controle químico e elevados teores de micotoxinas em grãos de trigo (Triticum aestivum), tem preocupado a cadeia de produção de trigo, no Brasil. No curto prazo, a tendência de controle deverá ser via controle químico com fungicidas eficientes, uso de equipamentos que garantam uma boa cobertura das anteras e sistemas de aviso para a aplicação, quando ocorrerem condições ambientais favoráveis para a infecção, como chuvas após a floração. A nova legislação estabelece teores limítrofes para a presença de micotoxinas nos grãos de trigo, o que deverá dificultar a comercialização. O trabalho foi conduzido no campo experimental de pesquisa do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) – campus Sertão.  Para os tratamentos, as dose de protioconazol + trifloxistrobina foi de 0,75 L/ha, sendo adicionadas as doses de 0,6, 1,2, 1,8, e 2,4 de L/ha de carbendazim. Para o momento específico da aplicação para controle da giberela, foi usada barra de pulverização com pontas duplo leque, lançando um jato para frente à 30° e outro para trás a 70°, proporcionando um molhamento melhor e mais uniforme das espigas a fim de otimizar o controle químico. O experimento foi conduzido em blocos ao acaso em parcelas subdivididas, com quatro repetições. Onde na parcela principal, variaram-se as doses de fungicidas e nas sub-parcelas o momento de aplicação. As aplicações foram realizadas após o início da floração ou antes da ocorrência de chuvas, previstas pelo CPTEC/INPE. Considerando-se um período de proteção dos fungicidas de 15 dias, uma segunda aplicação foi realizada após esse intervalo, mas antecedendo a ocorrência eventual de nova chuva prevista. Para as avaliações levou-se em conta a incidência em espigas e em espiguetas, calculando o controle e estimando o rendimento de grãos. O experimento ainda está sendo conduzido à campo e, até o momento, os dados ainda estão em fase de coleta e tabulação.