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Análise da seletividade de herbicidas pós-emergentes em physalis cultivados no Rio Grande do Sul
Última alteração: 31-10-2016
Resumo
A demanda pelos frutos de physalis tem aumentado significativamente nos últimos anos. Sua procura baseia-se no seu sabor e elevado valor nutricional, pois tem em sua composição vitamina A, C, Ferro e Fósforo, além de flavonoides e carotenoides. Para o produtor, o cultivo mostra-se uma boa oportunidade de diversificação e incremento de lucros na propriedade. No entanto, produtores tem realizado o controle de plantas daninhas através de herbicidas indicados ao tomateiro, podendo acarretar em riscos à seletividade do cultivo. Perante o uso errôneo de herbicidas em physalis, o trabalho teve como objetivo a identificação de herbicidas pós-emergentes seletivos para a cultura. Foram conduzidos dois experimentos no Setor de Agricultura I do IFRS – Campus Sertão, sendo um em casa de vegetação, no ano agrícola 2014/15 e outro a campo, no ano agrícola 2015/16. Em ambos os experimentos, após o desenvolvimento das plântulas em BOD, estas foram transferidas para bandejas onde permaneceram até atingirem o tamanho ideal para o transplante. Para o experimento em casa de vegetação o delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 12 tratamentos herbicidas mais testemunha, e 3 repetições. Já o experimento a campo foi conduzido com o delineamento experimental blocos ao acaso com os mesmos tratamentos do experimento em casa de vegetação, mas com 4 repetições. A aplicação dos herbicidas foi realizada quando as plantas de physalis apresentavam de 4 a 6 folhas. Os herbicidas aplicados foram: iodosulfuron, chlorimuron, nicosulfuron, atrazine + simazine, bentazon, metribuzin fomesafen, quizalofop-p-ethyl, clethodim, clodinafop-propargyl, fluazifop-p-butyl e quinclorac, além da testemunha. As variáveis analisadas foram a estatura, toxidez e massa seca das plantas. A ANOVA para massa seca não foi significativa. No experimento em casa de vegetação os herbicidas fomesafen e chlorimuron causaram toxicidez à cultura, reduzindo consideravelmente seu desenvolvimento. A campo, esses herbicidas causaram injúrias não significativas. No experimento a campo, o herbicida composto atrazine + simazine causou 100% de toxicidade as plantas, sendo letal, descartando a hipótese de uso. Os demais herbicidas não apresentaram diferença entre os experimentos com relação a fitotoxicidez mostrando-se uma perspectiva para o uso na cultura. Experimentos complementares considerando momento de aplicação e dose a ser usada são necessários para verificar o impacto destes herbicidas na produtividade dos frutos e no desenvolvimento da cultura.
Palavras-chave
Fitotoxicidez; Casa de vegetação; Physalis peruviana
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