Muitas áreas agrícolas se encontram em pousio no período de inverno antecedendo a implantação das culturas economicamente predominantes (soja e milho), o que acaba favorecendo a incidência de plantas invasoras e o aumento do banco de sementes no solo das mesmas. Uma alternativa para a diminuição e até o controle deste problema é a utilização de plantas de cobertura de solo, que além desse controle apresentam também uma série de benefícios como aumento da matéria orgânica e cobertura do solo, ciclagem de nutrientes e a descompactação do solo. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência de plantas de cobertura do solo de inverno e manejo de pré-semeadura sobre a incidência de plantas invasoras. O experimento foi conduzido na área experimental do IFRS – Campus Ibirubá. O delineamento experimental foi de blocos ao acaso com parcelas subdivididas e quatro repetições. Na parcela principal o manejo pré-semeadura das plantas: trituração, gradagem e aplicação de herbicida. Nas subparcelas as plantas de cobertura: aveia preta (Avena strigosa), azevém (Lolium multiflorum), ervilhaca (Vicia sativa), nabo forrageiro (Raphanus sativus), os consórcios de aveia preta com ervilhaca e com nabo forrageiro, e o pousio (testemunha). Foi coletada uma amostra de 1 m² de matéria verde em todas as subparcelas em pleno florescimento das plantas de cobertura as separando das plantas invasoras e após secas até peso constante a 55ºC para estimar a massa seca das mesmas. Também foram realizadas avaliações mensais de cobertura do solo e o levantamento de plantas invasoras. Não houve interação entre os fatores manejo de pré-semeadura e plantas de cobertura. O consórcio aveia com nabo forrageiro obteve o maior controle sobre as plantas invasoras, com uma incidência de 16%, enquanto que o azevém teve o menor desempenho, com 58% de incidência de plantas invasoras. Todas as plantas de cobertura reduziram as plantas invasoras, obtendo incidência inferior a 57% destas, ou seja, um controle acima de 43% quanto comparado ao pousio. As principais plantas invasoras incidentes na área foram nabo (Raphanus sp.), língua de vaca (Plantago sp.), picão preto (Bidens pilosa), losna (Artemisia verlotorum), erva de passarinho (Stellaria media) e picão branco (Bidens alba). Salienta-se que este nabo, possivelmente o forrageiro, tornou-se invasora devido a não conduções adequadas realizadas anteriormente, que permitiram que este produzisse sementes na área. Os resultados de incidência de plantas invasoras nas subparcelas com as plantas de cobertura foram comparados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro.