Portal de Eventos do IFRS, 5º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SICT)

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Fungos filamentosos como fonte potencial de biocatalisadores
Sofhia Raupp Jorge Pereira, Mariana Severo Debastiani, Heloísa Bressan Gonçalves

Última alteração: 01-11-2016

Resumo


O Brasil é o país com maior diversidade macro e microbiológica, abrigando aproximadamente 20% da biodiversidade mundial. Dentro dessa diversidade, os fungos filamentosos apresentam contribuições importantes para o bem-estar dos habitantes do Planeta, sendo muitos desses organismos responsáveis pela produção de compostos enzimáticos que podem ser utilizados biotecnologicamente. Adicionalmente, o país conta com vasto conhecimento sobre produção enzimática em grande escala, sendo o território com maior fonte de biocatalisadores do planeta. Não obstante, os percentuais elevados não competem à comercialização nacional e internacional desses produtos biotecnológicos. Em 2005, o mercado externo brasileiro de enzimas correspondeu apenas 3,7% do mercado internacional. E esse dado deve-se à utilização majoritária de catalisadores químicos nos processos industriais, fator que reflete na qualidade mediana de diversos produtos comercializados interna e externamente. Visto que, um dos principais fatores limitantes do desenvolvimento biotecnológico no Brasil refere-se à falta de conhecimentos dos recursos naturais disponíveis em cada região e carência de estudos sobre fungos presentes na Mata Atlântica, o objetivo do trabalho foi construir um banco de dados in vivo de cepas fúngicas coletadas na região do Litoral Norte do RS. Coleções de cultura, como micotecas, são centros de conservação de espécimes, com função de coletar organismos relevantes para estudos científicos e aplicações tecnológicas, tornando-os disponíveis para usuários e pesquisadores interessados. Para a bioprospecção dos fungos, foi realizada exposição de placas de Petri com meio ágar-aveia. Os fungos isolados por alçada de esporos foram mantidos a 30oC até que atingissem preenchimento parcial da placa, repicados e armazenadas a 4oC com sucessivos repiques a cada 30 dias. Os fungos foram catalogados em código, designando origem, número do inóculo e aspecto do microrganismo. Até o momento a micoteca do IFRS campus Osório conta com 32 cepas fúngicas, sendo que a próxima etapa será investigar o potencial de produção de enzimas destas, a fim de que novas pesquisas possam ser realizadas com efetividade. Assim, conclui-se que a construção de uma micoteca é importante, possibilitando acesso a microrganismos indiscutivelmente essenciais ao fomento de produção biotecnológica sustentável nos processos industriais e na qualidade dos produtos fornecidos ao mercado consumidor.


Palavras-chave


Fungos filamentosos; Biotecnologia; Enzimas; Micoteca

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