Atualmente, no Brasil e no Rio Grande do Sul a criação de ovinos encontra-se em gradativa expansão, realidade esta que oportuniza novos empreendimentos voltados ao ramo da ovinocultura na sua totalidade. Além disso, evidencia a necessidade de novas tecnologias de produção que possibilitem a obtenção de um adequado volume e homogeneidade do produto ao longo do ano, proporcionando a solidificação deste mercado, bem como o abastecimento da carne de cordeiro da mesma forma que as demais produções pecuárias encontradas no país. A região de abrangência do IFRS – Campus Sertão possui um amplo desenvolvimento nas áreas de bovinocultura leiteira e produção agrícola, porém, quando se trata da ovinocultura, os produtores ainda possuem uma notável falta de conhecimento técnico e um déficit em informações, tecnologias produtivas e sanitárias. Portanto, este projeto de extensão tem por objetivo fortalecer todos os elos da cadeia da ovinocultura, prestando assistência técnica aos criadores de ovinos, tornando o setor mais profissionalizado com práticas simples e de custo reduzido, maximizando os recursos já existentes na propriedade, além de promover cursos e jornadas de palestras no campus, ofertados a produtores rurais e alunos de diversos cursos do campus, para expandir ainda mais a troca de conhecimento. No início do projeto foram desenvolvidas atividades de revisão literária sobre a atual situação de organização da cadeia ovina e elaborado um questionário referente à formação social das propriedades, com questões que abordam economia, sanidade, nutrição e reprodução do rebanho. Após, foram selecionadas cinco propriedades, localizadas nos municípios de Sertão, Coxilha, Estação, Marau e Erechim. Então as propriedades foram visitadas individualmente, aplicando o questionário aos ovinocultores, assegurando um levantamento preciso dos pontos positivos e negativos da produção. Feito o levantamento e interpretação dos dados, foram realizados relatórios individuais para cada propriedade, ressaltando os aspectos que devem ser mantidos e os que poderiam ser alterados. Dentre as principais adversidades encontradas a nível de propriedade, destacamos como as mais recorrentes à alta incidência de verminoses, a falta de manejos específicos de controle, problemas podais, deficiência no controle zootécnico dos rebanhos e o desconhecimento de técnicas simples para manejo e acompanhamento. Por outro lado, os aspectos reprodutivos e nutricionais estavam satisfatórios na maioria dos casos e os produtores se demonstraram interessados em aprender e profissionalizar suas criações, e consequentemente, corroborar com o fortalecimento e a organização da ovinocultura no norte do estado do Rio Grande do Sul.