As leis 11.769/2008 e 13.278/2016, que implementam as aulas de artes/música no ensino básico, proporcionam uma formação integral, pois a música possibilita o desenvolvimento cognitivo, emocional e social. Por esta razão, desenvolve-se desde 2013 o programa de extensão Música no IFRS – Campus Osório, e sendo a este vinculado o projeto Oficinas de Instrumento e Grupo Instrumental. Esta ação oferta, para a comunidade em geral, oficinas de flauta doce e transversal, violão, guitarra, baixo, teclado e bateria que transcorrem na sala de música do campus, abrangendo alunos de diferentes idades e níveis de aprendizagem, com o objetivo de ofertar o acesso ao ensino de um instrumento musical. A partir da aprendizagem do instrumento escolhido, as oficinas promovem novas ações para a comunidade, como apresentações em locais beneficentes, escolas e igrejas. Os bolsistas ministram a maioria das oficinas, trazendo diferentes habilidades, experiências e vivências musico-sociais. Grande parte destes não têm uma formação pedagógica musical prévia, o que requer cuidado para não promover experiências inadequadas para os participantes no seu processo de aprendizagem. Para solucionar essa questão, eles obtêm a orientação da professora de música, através de reuniões quinzenais e da realização de observações das oficinas/aulas ministradas pela mesma, além de utilizar métodos tradicionais de seu instrumento musical. Essa metodologia promove maior eficiência no desenvolvimento pedagógico-musical do projeto, que tem como missão a busca da valorização da música na comunidade e o desenvolvimento social, cognitivo e emocional que ela proporciona. A coordenadora afirma que “este projeto é possível devido à presença dos bolsistas que trazem diferentes experiências e habilidades musicais suficientes para conduzirem-nas”. Para os bolsistas, o projeto proporciona o aprimoramento do instrumento musical e o desenvolvimento de novas habilidades, tais como a liderança ao ter que assumir a postura de ensinar e ter a capacidade de adaptar quando as oficinas não ocorrem como o planejado; organização ao montar materiais didáticos e fazer o registro pós-aula; a responsabilidade ao lidar com problemas pessoais de cada aluno e saber superar essas dificuldades para um melhor desenvolvimento no instrumento musical; a paciência de entender o limite do aprendizado do educando; e principalmente a criatividade, ao terem que criar novas atividades que tragam um significado para os alunos, de forma que haja maior motivação para aprender o instrumento. Essas habilidades tornam os bolsistas melhores profissionais para o mercado de trabalho e para a vida pessoal, independendo da área que irão seguir