Portal de Eventos do IFRS, 4º Seminário de Extensão (SEMEX)

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Revitalização de ambientes em unidades escolar e de saúde: reproduzindo e expandindo conhecimentos em comunidades
Aline Keli Nogueira de Souza, Cibele Schwanke

Última alteração: 06-11-2016

Resumo


Considerando-se a relevância da prática extensionista no fortalecimento de vínculos e um lócus de atuação discente efetiva, analisa-se as atividades realizadas a partir de demandas identificadas pela comunidade da Vila Cristal, uma região de vulnerabilidade socioambiental de Porto Alegre (RS), tendo como objetivo a revitalização de ambientes. Tais atividades foram realizadas no âmbito do projeto “Desenvolvendo Estratégias para Criação de Espaços Sustentáveis”, desenvolvido a partir de 2015. Integrando ações previstas no Programa Agita na Juventude, teve-se como meta a criação de espaços sustentáveis na comunidade, a partir de uma proposta interdisciplinar que contemplasse a indissociabilidade pesquisa, ensino e extensão. A comunidade é atendida pelo Programa Integrado Socioambiental (PISA) da Prefeitura Municipal de Porto Alegre, que acompanha o processo de remoção das famílias que residem às margens do Arroio Cavalhada. A partir de uma metodologia participante, organizaram-se estratégias visando melhorar a qualidade de vida dos moradores, contribuindo na formação de sujeitos conscientes de seu papel cidadão e responsáveis pelo ambiente. Considerando-se que todos têm direito a um ambiente saudável e equilibrado, foram escolhidos pontos de revitalização na unidade São Francisco da Casa de Nazaré e na unidade de saúde local. Valendo-se dos conhecimentos da educação ambiental, dos métodos de revitalização e conceitos de promoção de saúde, a unidade São Francisco iniciou ações abordando questões ambientais de forma lúdica, para congregar as crianças e realizou-se palestras, teatro e práticas de jardinagem. Observando a importância desta ação ao longo de 2015, a Unidade de Saúde, em 2016, iniciou este trabalho com funcionários e moradores, sendo realizada, até o momento, a construção de um relógio do corpo humano, enfatizando o uso de plantas medicinais. Estão previstas palestras e a construção de uma composteira, entre outras atividades. Buscando integrar os participantes e possibilitar a criação de espaços que permitam a reflexão sobre questões ambientais, de forma significativa, as atividades propostas são dinâmicas e enfatizam o cotidiano da comunidade. Como resultado, nota-se o desejo de continuidade das ações, onde os bolsistas se organizam para realizar novas atividades visando à criação de espaços sustentáveis e contribuindo para o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos a outros núcleos da comunidade. Concluímos que, todo o esforço em educar resulta em bons frutos, tanto para quem educa, quanto para aquele que construiu novos conhecimentos. Esta é a base de uma educação ambiental cidadã, transformadora e emancipatória, que respeita e valoriza os saberes dos diferentes sujeitos na busca de uma vida melhor.


Palavras-chave


Educação ambiental; Revitalização; Meio Ambiente; Saúde

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