Última alteração: 17-10-2016
Resumo
A natureza de materiais ferrosos é de conhecida degradação em ambientes naturais devido à facilidade em doar elétrons quando em contato com elementos como O2. Para lidar com esta característica de modo a impedir ou ao menos retardar o processo de decomposição – oxidação, ferrugem – existem técnicas diversas. Dentre elas, aquelas que adicionam à superfície do metal ferroso outro elemento que, ou impeça o contato do metal com o ambiente ou tenha propriedade anódica superior ao metal recoberto, logo, que doe elétrons com mais facilidade. A técnica utilizada neste experimento é a galvanoplastia, um processo de eletrodeposição que promove a formação de uma camada de material mais resistente, impedindo o contato direto do material com o meio ao constituir uma película protetora. A qualidade desses revestimentos está associada diretamente ao controle dos parâmetros processuais, como composição do banho (eletrólito), pH, temperatura do meio e densidade de corrente. Assim, o objetivo deste trabalho consistiu na avaliação da qualidade de revestimentos de zinco com 99,96% de pureza eletrodepositados sobre chapas de aço SAE 1020 através da variação de pH do eletrólito. Para tanto, foi utilizada como célula galvânica, a Célula de Hull, a qual consiste em um dispositivo idêntico a um sistema de eletrodeposição industrial, padronizado, projetado para produzir depósitos catódicos em ampla faixa de densidades de correntes (alta, média e baixa) que ocorrem devido à geometria da própria célula. O eletrólito foi constituído de uma solução saturada de cloreto de potássio e cloreto de sódio e o pH foi variado através da adição de diferentes quantidades de ácidos (HCl) e bases (NaOH). A densidade de corrente e a temperatura (ambiente) dos banhos foram mantidas constantes. Os revestimentos foram caracterizados através de análise visual, espessura, aderência e rugosidade. Como resultados parciais observou-se que banhos ácidos promovem a formação de depósitos mais foscos.