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Acordes Ouvidos: inovação e acessibilidade para amantes da música
Última alteração: 23-09-2024
Resumo
No Brasil, a inclusão de pessoas com deficiência tornou-se cada vez mais um tema central nas discussões sobre igualdade e acessibilidade. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios de 2022 e a pesquisa do IBGE de 2018, indicam que aproximadamente 18 milhões de pessoas com dois anos ou mais da população brasileira vivem com algum tipo de deficiência. Apenas no Rio Grande do Sul, em 2021, estimava-se que 300 mil pessoas eram deficientes visuais. Em resposta a essa realidade, este projeto foi desenvolvido com o objetivo de oferecer uma solução que promova a inclusão na área musical. Partiu de um contexto real e com a premissa de que a música é um meio de inclusão e expressão no mundo, durante o trabalho final da disciplina Interação Humano-Computador, no curso Sistemas para Internet, como desdobramento e continuidade de um projeto anterior relacionado. O objetivo geral é produzir um protótipo de aplicativo para avaliar sua potencialidade de uso em aulas de música, visando permitir que o usuário deficiente visual consiga manipular partituras musicais. Especificamente, visa traduzir partituras para músicas e vice-versa, através da câmera do celular como meio de entrada, promovendo acessibilidade e usabilidade. Visa também disponibilizar um banco de melodias e composições de diversos estilos para exercitar esses saberes. A metodologia abrangeu uma abordagem qualitativa exploratória, que incluiu a concepção da ideia a partir de um mapa mental, seguida da criação de um protótipo de papel. Este protótipo teve um teste inicial com usuários comuns, que não conheciam o aplicativo. A partir destes testes, com o intuito de implementar as melhorias sugeridas, aprofundou-se para o desenvolvimento de um protótipo de alta fidelidade, na ferramenta Figma - com o objetivo de garantir a independência do usuário para fazer suas escolhas, e cumprindo as heurísticas de Nielsen para tornar o aplicativo mais intuitivo. Por fim, concluiu-se que o projeto disciplinar permitiu amadurecer uma ideia inicial com grande potencial de pesquisa e contribuição para a sociedade. A fase de testes com os usuários foi crucial para a versão final do protótipo. As ideias e sugestões recebidas ocasionaram outro olhar para desenvolver e melhorar a aplicação. Porém, algumas limitações na criação dos recursos de acessibilidades surgiram, pois não houve tempo hábil para incorporar as ferramentas e plugins de acessibilidade do Figma. Acredita-se que, ao focar nas necessidades e expectativas desse grupo, pode-se contribuir para um ambiente mais acessível e igualitário, alinhando iniciativas com as melhores práticas de acessibilidade e inclusão no mundo da música. Futuramente, pretende-se dar continuidade ao projeto, desenvolvendo uma versão funcional e realizando testes com os usuários finais do público-alvo, para melhorar e buscar desenvolver o aplicativo a partir dos testes e das necessidades de quem é o foco do projeto.
Palavras-chave
Acessibilidade; Partituras; Inclusão.