Portal de Eventos do IFRS, 20ª Mostra de Ensino, Pesquisa e Extensão do Campus Porto Alegre

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Determinação do teor de cloro ativo em água sanitária de origem clandestina
Luisa Coelho Garcia da Rosa, Camilli Meirelles Fontes, Larissa de Fraga Santos, Vitória Rodrigues da Silveira, Claudia do Nascimento Wyrvalski

Última alteração: 16-10-2019

Resumo


A água sanitária tem uma ampla gama de usos e é facilmente encontrada em vans de produtos clandestinos, o que a torna um produto bastante atrativo, principalmente, entre a população de menor renda. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece que produtos como a água sanitária devam possuir uma concentração de 2,0 a 2,5% de cloro ativo e pH com valor máximo de 13,5. Dados os riscos e prejuízos associados ao consumo de um produto clandestino, este trabalho teve como objetivo determinar a concentração de cloro ativo em três amostras de água sanitária clandestina e comparar os valores encontrados com os valores estabelecidos pela legislação, verificando quais estão dentro das especificações da norma e quais se distanciam das especificações. Foram coletadas, em Porto Alegre, três amostras de água sanitária clandestina, provenientes de três diferentes pontos de vendas. As amostras foram compradas e armazenadas em garrafas de politereftalato de etileno (PET), de refrigerante de 2 L (amostras 1 e 2) e em garrafa de água mineral de 5 L (amostra 3). A determinação do teor de cloro ativo foi feita de acordo com a norma vigente, que emprega o método via titulação redox com solução padronizada de tiossulfato de sódio 0,0995 (± 0,0039) N e solução de amido como indicador. A determinação do pH foi feita empregando pHmetro previamente calibrado. Todos os procedimentos foram realizados com rigor analítico, controle de temperatura e em triplicata, a fim de obter resultados e suas respectivas incertezas tipo A. Uma vez realizadas as titulações, foram obtidos, para o teor de cloro ativo, os seguintes resultados expressados conforme estabelecido na legislação: 0,3% (amostra 1); 1,3% (amostra 2) e 0,4% (amostra 3). Para a medição de pH nas amostras, foram encontrados os seguintes valores: 13,14 (± 0,03) para a amostra 1; 14,24 (± 0,01) para a amostra 2 e 13,45 (± 0,01) para a amostra 3. Esse trabalho mostrou que todas as amostras obtidas de água sanitária clandestina estavam com a concentração de cloro ativo bem abaixo do limite legal estabelecido pela legislação e, quanto ao estabelecido para os valores de pH, a amostra 2 apresentou valores acima da resolução. Os produtos de água sanitária adquiridos que apresentaram uma concentração de cloro ativo menor que o estabelecido pela Resolução, quando utilizados, podem não apresentar o resultado esperado quanto à desinfecção e também não apresentar uma eficácia quanto à função alvejante.


Palavras-chave


cloro ativo; produtos de limpeza clandestinos

Texto completo: 6523