Última alteração: 17-10-2019
Resumo
O Projeto Acessibilidade e Inclusão de Adolescentes com Fibrose Cística (FC) no Uso das Tecnologias de Informação e de Comunicação (TIC) e na Criação de Game IV realizado em parceria entre o IFRS, UFRGS e Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA-RS) se caracteriza como uma pesquisa qualitativa, baseada em estudo de caso, onde através da observação e da análise dos dados coletados, pretende-se verificar se o uso das TICs e a criação de game possibilitam o processo de comunicação e de interação pelos sujeitos em quartos restritos, com outros na mesma condição ou não, como vivência educativa, terapêutica e social promovendo a autonomia. A partir do roteiro existente e do RPG já desenvolvido, foi revisado o conteúdo, correção de bugs do jogo e feito acréscimo de conteúdos conforme sugerido pelos pacientes (mais monstros, melhor aproveitamento do mapa, mais elementos sobre a fibrose cística, melhor sentido da trama do game). Os objetivos pode-se destacar: observar o processo de interação de adolescentes com FC, hospitalizadas em isolamentos, através do uso das TICs; observar e acompanhar a produção de imagens e roteiro; criar e desenvolver game, a partir de roteiro elaborado pelos sujeitos; coletar e analisar dados da pesquisa a partir de instrumentos de pesquisa; avaliar o processo de comunicação e de interação entre os sujeitos e utilizar o game como uma ferramenta informacional sobre FC e seu tratamento. O critério para seleção dos sujeitos do Projeto: adolescentes com FC, na faixa etária entre 14 a 24 anos, nos dois gêneros, residentes no Rio Grande do Sul e hospitalizados no HCPA. Dentre as ações do Projeto foi realizado um mapeamento de projetos e pesquisas nacionais e internacionais relativas ao uso das TICs e a inclusão de adolescentes com FC e constatou-se que o IFRS - Campus Porto Alegre, a UFRGS através do Grupo de Pesquisa LEIA (Leitura, Informação e Acessibilidade) e o HCPA-RS são pioneiros em projetos de inclusão de adolescentes com FC no uso das TICs. A mediação com os sujeitos, através de visitas no período de internamento hospitalar e/ou através do uso de ferramentas tecnológicas possibilitam a comunicação e a interação e promovem a autonomia dos sujeitos que deixam de ser pacientes (passivos) e assumem seu protagonismo promovendo autonomia e a inclusão social, informacional e digital.