O presente trabalho tem como objetivo elencar as etapas de aprendizagem da Orquestra Juvenil do Projeto Prelúdio, do momento em que o repertório é proposto, elaborado, até a apresentação pública de parte do repertório estudado. A Orquestra Juvenil, é um dos projetos oferecidos pelo Programa de Extensão do Projeto Preludio aos seus alunos dos cursos deinstrumento musical e a comunidade externa. A orquestra se adequa constantemente ao conhecimento e prática trazida pelos alunos. Seu repertório varia de músicas populares a trilhas de filmes e jogos. A faixa etária dos seus componentes é de 13 a 18 anos, e a diversidade de instrumentos tocados são: flautas doces, violino, violão, ukulelê, flautas transversas, vozes, guitarra, baixo e bateria. A Orquestra conta atualmente com 20 integrantes, e os ensaios ocorrem semanalmente, às terças-feiras, com duração de duas horas. Além da regência musical de Áudrea Martins, o projeto conta com a minha participação como bolsista, Letícia Gomes, aluna do curso técnico em instrumento musical do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia e licencianda em música pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Como bolsista, minha atuação tem sido na elaboração de arranjos musicais, identificação de dificuldades nas músicas estudadas e auxílio aos alunos, além da produção de eventos, como a apresentação que realizaremos no dia 9 de outubro no Teatro São Pedro. No início do primeiro semestre de 2019, iniciei minha pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) na Orquestra Juvenil. Propus para o grupo o arranjo da música Come as You Are, da banda Nirvana, previamente acordada com os mesmos. Durante os ensaios desta, observei os processos de aprendizagem e performances, sem realizar intervenções. Sobre esta ótica diferenciada, percebi que os processos de escolha, escrita de arranjo, ajustes, aprendizagem, ensaios, características cênicas que o grupo deu à música e apresentações, demandavam vários ensaios, além de muito tempo e empenho para ambas as partes.  De modo geral, há etapas que o observador de uma apresentação não imagina ou desfruta, etapas como discussões sobre a instrumentação, alteração de registros em instrumentos, ensaios isolados com pequenos grupos que tenham alguma dificuldade, união de todos os grupos após os ensaios isolados, espacialização dos instrumentistas no palco antes de uma apresentação, entre outros. Este trabalho, trata-se de um dos capítulos do trabalho final da graduação, onde concluí não tratar-se apenas de aprender uma música e tocá-la, pois são etapas e processos de aprendizagem que para cada aluno durará um tempo específico, bem como para que a sonoridade coletiva harmoniosa exista, e para que a dinâmica da apresentação seja condizente com a sonoridade, o grupo necessita experenciar diversas vezes as etapas evidenciadas, para que, em conjunto, descubra e formule características próprias à execução musical.