A Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), é um programa criado pelo Ministério do Meio Ambiente que visa à implementação de práticas sustentáveis no âmbito do setor público. O Estado desempenha uma função alocativa, distributiva e reguladora, assumindo diversos papéis em esferas diferentes do setor público. Tais ações demandam a utilização de diferentes instrumentos; pessoas, organizações, e matéria prima, que impactam não só a sociedade que usufrui deste serviço, mas também o ambiente que sofre as consequências maléficas e benéficas da prestação do mesmo. Neste sentido, a A3P constitui um mecanismo que sistematiza as ações socioambientais no setor público, tendo como foco neste estudo o eixo de sensibilização e capacitação de servidores, como principal ferramenta para formação de consciência e responsabilidade com o meio ambiente. O objetivo geral desta pesquisa é analisar as ações de sensibilização e capacitação da A3P dentro de uma Instituição Pública Federal. A questão de pesquisa que sustentou o presente trabalho é: como ocorrem as ações de sensibilização e capacitação da A3p para servidores em uma empresa pública federal? Diante disto foi levantada a hipótese de que os eixos de sensibilização e capacitação da A3P, tanto dentro da organização quanto de seus usuários e colaboradores externos, é base essencial para a estruturação de uma organização mais sustentável. O método utilizado é estudo de caso, de abordagem qualitativa, através de entrevista semi estruturada em profundidade e análise documental. O referencial teórico apoiou-se nos conceitos de Gestão Pública Ambiental (BARBIERI, 2016), Educação Ambiental (NASCIMENTO et al, 2015) e Meio Ambiente (SEIFFERT, 2011). Os resultados obtidos na pesquisa indicam que a aplicação de uma agenda ambiental como a A3P numa organização pública está relacionada diretamente com o modelo de gestão adotado e com o nível de conscientização por parte dos gestores do órgão. Outra dificuldade enfrentada para a efetividade das ações ambientais da A3P está relacionada com a limitação financeira das organizações públicas e dos estigmas culturais presentes nelas, ainda que as ações ambientais possam, teoricamente, gerar economia de recursos a longo prazo para os órgãos que as adotam ainda se mostra necessária a criação de uma cultura sustentável.