Última alteração: 18-10-2019
Resumo
O projeto tem como objetivo promover vivências e o desenvolvimento de aptidões para o gerenciamento e coordenação de práticas musicais de ensino em grupos, englobando aulas coletivas de música e instrumento musical, ensaios de conjuntos de música erudita, bandas de música popular, orquestras e coros. As vivências deste projeto se dão nos espaços do Projeto Prelúdio, que existe desde 1982, e atua como extensão acadêmica proporcionando aulas de música gratuitamente para o público em idade escolar, bem como oferta coros abertos a funcionários e à comunidade em geral. A proposta de atividades da bolsa foi apresentada em duas etapas: primeiramente, a observação dos grupos existentes no Projeto Prelúdio, e posteriormente, a criação de Conjuntos Musicais com alunos do Curso Técnico em Instrumento Musical. A metodologia baseia-se em Green (2010) e Laes (2015). Green (2010) contribui com sua pesquisa sobre as práticas musicais de músicos populares, que aprendem de forma coletiva, autônoma e aural. É em função desta perspectiva que o orientador de uma prática coletiva deve saber em que momentos intervir e em que momentos permitir que o aprendizado entre os pares aconteça naturalmente, apenas observando e orientado de forma a não tirar o protagonismo de seus participantes. Ao longo de dois meses, foram acompanhadas pelos bolsistas atividades semanais que permeiam propostas como Orquestra Infantil, Orquestra Juvenil, Conjunto de Violões, Conjunto de Flautas, Bandas e Coros. A partir destas observações, que variam em escopo de possibilidades entre mais participativas ou não, foram elaborados registros escritos em diários de campo, bem como promovidas orientações para discussão de situações específicas a fim de compartilhar narrativas sobre a experiência e tecer saberes acerca das diferentes formas de condução dos processos em grupo. As formas de gerir e conduzir os processos de aprendizado em grupo variam amplamente, considerando-se a singularidade dos professores, das propostas estabelecidas para cada grupo, a história dos seus integrantes e também a história do próprio grupo. A partir dos objetivos estabelecidos, que devem contemplar em alguma medida os sonhos e expectativas de seus integrantes, inaugura-se um regime de aprendizado compartilhado, em que é necessário mediar o amadurecimento de relações interpessoais, bem como, a dinâmica de papéis assumidos no coletivo e buscar a equidade de voz e participação das diversas singularidades que compõe o corpo coletivo.