Uma alternativa para a alimentação bovina é o sorgo forrageiro, por possuir alta capacidade de produção de massa seca e poder ser usado como forrageira, cobertura do solo ou substituição parcial de grãos de milho. O uso de sementes de maior qualidade pode afetar a emergência da cultura, que poderá influenciar na produtividade. O objetivo do trabalho foi avaliar o desempenho de plantas oriundas de sementes de maior (PAQ) e menor (PBQ) qualidade na produção de massa seca da cultura do sorgo forrageiro. O experimento foi implantado na área experimental e didática do IFRS – Campus Ibirubá nas safras de verão 2015/16 e 2016/17, com delineamento experimental inteiramente casualizado e oito repetições. A semeadura foi em plantio direto com cultivar Jumbo e profundidade igual para sementes. O experimento foi dividido em plantas submetidas a cortes e à não realização deles. As primeiras plântulas que emergiram foram consideradas como PAQ e as últimas como PBQ, emergências intermediárias foram desconsideradas. Na área dos cortes, quando as plantas atingiam aproximadamente 60 cm de estatura foi realizado o corte na altura de 20 cm do solo, posteriormente foi aplicado 50 kg/ha de nitrogênio em forma de uréia, foram realizados um total de quatro cortes, no último foi coletada a massa seca remanescente. Na área sem cortes, as plantas foram mantidas a campo até atingirem maturidade fisiológica, posteriormente foi realizada a sua coleta para demais análises. As avaliações realizadas na área delimitada aos cortes foram produção de massa seca, contagem do número de perfilhos, diâmetro do colmo e perfilhos, na área sem cortes foi realizada a análise de estatura, diâmetro do colmo, nós no colmo, fenologia (filocrono e número de folhas) e massa seca. Os dados coletados foram submetidos a teste de variância ANOVA e teste de Tukey a 5% de probabilidade de erro. Na área sem cortes a massa seca de PAQ totalizou 20585 kg/ha, já as PBQ, 11368 kg/ha, para a safra de 2015/16 houve diferença significativa nos parâmetros diâmetro e filocrono. Nos cortes as PAQ obtiveram médias de 2619 e 1123 kg/ha/corte para 2015/16 e 2016/17, respectivamente, diferindo das PBQ que produziram 966 e 587 kg/ha/corte, as médias de 2015/16 foram superiores as de 2016/17. O estudo demonstrou o melhor desempenho de plantas originadas de sementes de maior qualidade.