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Alfabetização científica como uma possibilidade de inclusão social
Bernardo Rota, Ângela Teresinha Woschinski de Mamann, Rodrigo Farias Gama, Sandra Regina Zorzo Peringer, Ivo Mai*

Última alteração: 04-10-2017

Resumo


Ao constatar-se a inexistência de alunos do bairro floresta, um dos mais carentes da cidade, no campus Ibirubá do IFRS, percebeu-se a necessidade de cumprir com uma das funções do IF, promover a inclusão social levando conhecimento a quem tem menos acesso à educação de qualidade. Nessa perspectiva o projeto visa possibilitar às crianças do Ensino Fundamental do Centro Social Floresta Nestor Mendes em Ibirubá, a inclusão social pela alfabetização científica, o que vem sendo feito através de oficinas nas quais realizam-se aulas experimentais proporcionando condições de aprendizagem dos fenômenos científicos e compreensão da sua linguagem, com o intuito de que esse conhecimento possa ser um agente da transformação social. Num primeiro momento, são levantadas questões pertinentes ao assunto abordado com a intenção de que esses problemas sejam o ponto de partida para a realização de inferências nos experimentos realizados na sequência. As aulas ministradas neste ano tiveram como tema a eletricidade, suas causas e seus efeitos, também realizou-se uma introdução à notação cientifica, com a abordagem de cálculos de consumo elétrico. Por exemplo, para compreender o efeito magnético da corrente trabalhou-se uma oficina sobre campo magnético onde foi introduzido o conceito de campo, devido às dificuldades em explicar a origem da força magnética.  Num primeiro momento utilizou-se um imã suspenso por um fio para demonstrar a orientação do campo magnético terrestre, elucidando o funcionamento de uma bússola. Na sequência usou-se limalha de ferro espalhada sobre uma folha de papel e um imã, observando a orientação das partículas de limalha, levando os alunos visualizar as linhas de campo que ligam os dois polos do imã. Essa análise torna-se possível pela maquiagem das linhas de força tornando-as visíveis. Prosseguindo com a atividade colocou-se uma bússola em diversas posições na região do campo, observando que a sua agulha sempre estará alinhada de tal forma que acompanha as linhas de força do campo magnético, possibilitando o entendimento das forças magnéticas, de atração entre polos opostos e repulsão entre polos iguais. Nesse projeto há a preocupação em levar aos alunos, experimentos simples que podem ser facilmente replicados, para que percebam como a ciência se faz presente em sua vida das mais diversas formas. O projeto tem contribuído desde de 2015 para inclusão social dessas crianças, cumprindo com seu objetivo. Hoje se percebe alguns resultados, com o ingresso de jovens participantes das oficinas em cursos oferecidos no Campus.


Palavras-chave


Alfabetização científica; Inclusão; Alunos; Interdisciplinaridade.

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