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Extratos de Rosmarinus officinalis e Allium sativum como sanitizante de ovos: uma alternativa de redução a salmonelose da casca
Gabriela da Luz Aguiar, Barbara Vicenzi Geremia, Shana Paula Miotto, Raquel Margarete de Avia Spanholi, Vaneisa Gobatto

Última alteração: 18-10-2016

Resumo


O setor avícola brasileiro tem alcançado um bom nível tecnológico em comparação com outras explorações agrícolas do país e tende a aumentar à medida que se investir em tecnologias. O ovo é considerado pela Organização Mundial da Saúde – OMS, um alimento rico em vitamina B12, minerais, de fácil digestão e vem a atender as necessidades diárias de proteínas, com baixo custo para a população. Existem doenças, como a salmonelose que são transmitidas aos humanos através da casca do ovo. Os meios mais prováveis de sua contaminação estão no contato com as fezes das aves no momento da postura e a contaminação por penetração do microrganismo, através de rachaduras microscópicas ou poros da casca após a lavagem. A legislação sanitária Brasileira exige que os ovos devam ser higienizados com substância antisséptica, antes da comercialização pelo produtor. Estudos demonstram que o uso de plantas medicinais, com potencial antimicrobiano, pode ser utilizado como sanitizante, pelo seu baixo custo e fácil acesso ao produtor rural. Os espécimes alho (Allium sativum L.) e o alecrim (Rosmarinus officinalis L.) são facilmente cultivados em propriedades e podem servir como alternativa a produtor devido a sua ação bactericida/ bacteriostática em estudos prévios. O objetivo desse estudo foi verificar a contaminação inicial dos ovos de posturas recente e analisar o nível de descontaminação e recorrência de crescimento microbiótico, após a aplicação de extratos alcoólicos a 10%. Previamente, utilizou-se a técnica de esfregaço em superfície (swab test) nas amostras coletadas. Seguida de aplicação dos extratos alcoólicos de alho e alecrim. Como controle usou-se álcool 70 °GL. Os ovos foram cedidos pela estação experimental do Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Após o recolhimento das amostras em análise, as mesmas foram levadas ao laboratório de microbiologia e foi seguida a Instrução Normativa-n°62/ANVISA/2003 e a partir das colônias típicas de Salmonella, iniciou-se os testes confirmativos. A partir dos resultados, pode-se verificar que, nos ovos onde foram aplicados os extratos vegetais, observou-se em ambos, menor presença de colônias de Salmonella, em relação álcool 70 °GL. Portanto, pode-se concluir que o produtor rural tem como alternativa orgânica o uso dos extratos vegetais na sanitização dos ovos antes da venda dos mesmos. Faz-se necessário aprofundar este tipo de estudo, pois são poucas as publicações existentes neste setor da avicultura.


Palavras-chave


Alho. Alecrim. Avicultura.

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