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Técnicas de estaquia na produção de mudas de erva-mate (Ilex paraguariensis A. St.-Hill.)
Daiane Budke, Júlia Decarli, Suzana Ferreira da Rosa, Marcos Paulo Ludwig

Última alteração: 15-10-2016

Resumo


A erva-mate (Ilex paraguariensis A. St.-Hill.) é uma espécie nativa da América do Sul, muito conhecida no chimarrão, porém para a manutenção da qualidade dos ervais é necessário aprimorar técnicas de produção de mudas. A produção de mudas via sexuada, técnica mais utilizada entre os produtores, apresenta dificuldades em relação ao tempo para obtenção das mudas, pois é necessário superação de dormência das sementes que apresentam baixa porcentagem de germinação. A propagação assexuada por estaquia é uma alternativa que pode reduzir o tempo de obtenção das mudas, além da obtenção de materiais homogêneos. Porém, se tem a dificuldade no enraizamento das estacas. Com isso, o objetivo do presente trabalho foi testar técnicas de estaquia para produção de mudas de erva-mate. O estudo foi realizado no viveiro do IFRS Campus Ibirubá. Coletaram-se estacas lenhosas e semilenhosas de plantas matrizes com 10 cm de comprimento, no mês de agosto de 2015, sendo aplicados os seguintes tratamentos: estacas lenhosas e semilenhosas sem hormônio, com AIA (Ácido Indolacético) e com AIB (Ácido Indolbutírico). As estacas foram deixadas em contato com os indutores por 10 segundos na concentração de 500 mg/L, e a sua avaliação realizada após 30 dias da aplicação dos tratamentos, das 240 estacas, cerca de 94,6 % das plantas permaneceram vivas. Após 8 meses, observaram-se 23 estacas vivas, com 0,56 brotos, em média, cujo comprimento e diâmetro de 2,80 cm e 0,126 cm, respectivamente. No ano de 2016 foram coletadas estacas lenhosas em ramos de brotação no mês de julho. O delineamento foi inteiramente casualizado, avaliando fator hormônio, baseando na testemunha (sem hormônio), 5 mg/L de AIB, 10 mg/L de AIB, 8 mg/L de AIB mais 4 mg/L de ANA (Ácido Naftalenacético), e o fator de tempo de contato: 10 segundo, 1 minuto e 10 minutos. Após 30 dias, as estacas foram avaliadas quanto à sobrevivência, e o número de brotos e folhas. Cerca de 83,70 % das estacas permanecem vivas, 18,10 % sem abscisão foliar, 65,64 % já possuíam brotação. Para a obtenção de resultados mais conclusivos no experimento, serão realizadas novas avaliações nos próximos meses e repetido o experimento ao decorrer dos anos, além da avaliação do desenvolvimento de mudas a campo.


Palavras-chave


Ilex paraguariensis A. St.-Hill. Produção de mudas. Propagação vegetal.

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