Ao refletir sobre a contribuição da leitura para o desenvolvimento dos indivíduos, sobretudo em uma época em que é perceptível a preferência por leituras rasas e rápidas, esta pesquisa de mestrado se propôs a investigar a prática de ações de mediação de leitura, realizadas no âmbito das bibliotecas multiníveis do IFRS e como estas ações repercutem de forma a tornar a biblioteca um espaço efetivo para a formação de leitores. Como referencial teórico foram utilizados os estudos de muitos apreciadores da leitura e suas práticas, dentre estes: Freire (1989), Kleiman (1995, 2004), Chartier (1998), Petit (2009), Santaella (2004, 2007, 2013), com base também em dados da pesquisa Retratos da leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro (2016). Referente ao percurso metodológico, identificou-se como uma pesquisa de natureza qualitativa, cujas abordagens exploratória e descritiva configuram um estudo de caso, reunindo aspectos da pesquisa bibliográfica. Como instrumentos de coleta de dados, a opção foi pela entrevista semiestruturada, com foco nos bibliotecários, e o questionário, envolvendo os alunos, ambos encaminhados via correio eletrônico, visando assim, estabelecer um perfil deste profissional, bem como, obter-se uma caracterização das bibliotecas do IFRS. No tocante aos alunos, objetivou-se com o questionário, verificar a percepção e o interesse destes para com as ações de mediação de leitura realizadas no âmbito do IFRS. Desse modo, por intermédio dos instrumentos escolhidos, foi possível compor um perfil dos bibliotecários atuantes no IFRS, bem como, definir as características das bibliotecas, ambiente de trabalho destes profissionais, cujos aspectos físicos e organizacionais, influenciam no desenvolvimento das ações de mediação de leitura, foco desta pesquisa. Assim, este estudo oportunizou verificar a existência de ações de mediação de leitura, bem como o papel do bibliotecário como mediador da prática leitora. Possibilitou ainda, averiguar a realização de ações mediadoras de leitura e que estas alcançam objetivo de incentivo à prática leitora, considerando-se a percepção dos alunos frente a estas ações, identificada por intermédio do questionário. Algumas destas atividades já estão mais consolidadas, contudo, é notório que esse é um parco começo e ainda há muito a se fazer em prol dessa prática. Entretanto é animador, perceber que mesmo com limitações relevantes, que restringem as possibilidades de realização deste tipo de ações, de maneira geral, existem bons projetos e iniciativas, sobretudo, empenho e motivação dos profissionais. Esse aspecto serve de incentivo e reflexão para a organização de novos projetos e ações em prol da leitura.