Portal de Eventos do IFRS, 1º Seminário Diversidades - Saindo das Caixas - NEPEGS/IFRS-POA

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As Mulheres Falam Demais
Aryeli de Oliveira da Costa Ortiz, Paola Mariana Sória, Vitória Carolina Galvão Costa, Michele Mendonça Rodrigues, Camila de Azevedo Moura, Lilian Escandiel Crizel

Última alteração: 23-10-2017

Resumo


O presente trabalho se propõe realizar uma desconstrução sobre o mito de que “as mulheres falam demais”. Para desmentir essa crença, que é uma entre as várias características de esteriótipos sexistas  existentes na sociedade patriarcal em que vivemos, usamos conhecimentos de aspectos biológicos e históricos, além de apontar construções sociais divisoras para elucidar a concepção que mulheres não falam mais que homens, necessariamente. Também, pontuamos que não há fatos concretos que justifiquem a opressão sofrida por mulheres no lugar de fala, principalmente nos ambientes pressupostos como masculinos e de tomada de decisão. Afinal, esse “falar demais” vem da estranha ideia de que falamos mais palavras que homens? De que não damos a vez para eles falarem? Falamos em lugares considerados inapropriados para a fala feminina ou, ainda, não somos consideradas suficientemente iguais aos homens para expressar nossas vozes e opiniões?  Para embasar esse trabalho, utilizamos duas principais referências bibliográficas: o livro Mitos da linguagem, de Gabriel de Ávila Hotero e Linguagem, Gênero, Sexualidade, de Ana Cristina Ostermann e Beatriz Fontana. Nesses livros, o/as autor/as contestam a crença de que mulheres e homens se diferem nas questões de fala, enfatizando as idealizações e o preconceito que as mulheres sofrem inclusive nos espaços de comunicação mais comuns, como ambiente de trabalho e familiar. Essa é uma das linhas de desconstrução e diálogo que o projeto de extensão “A NOSSA VOZ - Precisamos falar sobre o feminismo” pretende criar em espaços com a comunidade, por meio de diálogos de estudantes para estudantes, dando enfoque principalmente ao protagonismo juvenil feminino. Sendo a  escola um dos primeiros ambientes de socialização entre os sujeitos e onde as divisões por gênero mais são impostas, visto estarem enraizadas em nossas culturas, é que se dá a importância de uma educação emancipadora, alargando o espaço para o feminismo como diálogo na sala de aula.Camila de Azevedo Moura

Palavras-chave


Mito; Mulher; Feminismo